Não
adianta os problemas serem simples se os homens são complicados. Toda essa
balbúrdia em torno das urnas eletrônicas poderia ser evitada se ministros do
TSE e do STF fossem sensatos. Nem precisariam ter sabedoria ou notável
conhecimento jurídico – não têm nada disso. São estúpidos e não merecem os
cargos que ocupam.
Em
2008/2009 o Congresso aprovou uma reforminha eleitoral que previa, entre outras
coisas, que a partir de 2014 pelo menos dois
por cento das urnas permitiriam a impressão do voto em
cada eleição. A amostragem serviria para garantir verificações
da Justiça Eleitoral na suspeita de fraude.
Dois
por cento era pouco. Mas era um começo! O então presidente Lula sancionou a lei, embora
protestos de graúdos na linha de vocação politiqueira. O presidente do TSE,
ministro Ayres Britto, pedinchou ao ministro da
Justiça, Tarso Genro, que Lula vetasse esse ponto (e também a faculdade do voto
em trânsito para presidente da República):
"Conversei com o ministro
Tarso Genro dando ciência da preocupação da Justiça Eleitoral com esses dois
específicos temas que reputamos prejudiciais ao bom funcionamento do sistema
eleitoral brasileiro. Manifestei expectativa de que o presidente da República,
estudando os temas, venha a vetá-los. São esses dois pontos do projeto de lei
que mais nos trazem dificuldades operacionais irremovíveis", disse o presidente do TSE (aqui).
O ministro Nelson Jobim, da Defesa, também era contra o voto
impresso e o voto em trânsito, qualificando a aprovação, no aspecto, de
injustificável. Nem um nem outro esclarece o que seriam dificuldades operacionais irremovíveis nem no que consistiria a injustificabilidade das medidas.
Gilmar
Mendes, presidente do STF, criticou a cláusula do voto impresso. Achava que a
exigência, que visava à segurança das eleições, não
é uma boa evolução (aqui). Eu, que sou meio troncho, acho que toda evolução é
boa, atendido o sentido estrito do vocábulo.
Essa gente,
que deveria provar que as urnas-e são realmente seguras não apenas da boca pra dentro,
mas, principalmente, da boca pra fora, é a que mais luta contra a lógica e o
bom senso. Toda a confusão existente, que poderá recrudescer imprevisivelmente com
o resultado das eleições, é por dolo dos membros do TSE e do STF que insistem
em garantir que o Titanic é o navio mais seguro do mundo, sem que se possa conferir.
Muito bom, já compartilhei no face!
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