Collor, o ex-presidente caçador de
marajás, está preso por condenação em processo desdobrado da Lava-Jato. A estas
alturas não tenho aptidão mental de dizer se a prisão é justa ou injusta. A
realidade judicial brasileira é tão escabrosa e confusa que hoje não se sabe
mais onde é a frente e onde é atrás nem o que é justo ou injusto.
Collor foi aquele que, de um dia para
outro, deixou os brasileiros com apenas NCz$ 50.000,00 no bolso – uma merreca,
na época – através da Medida Provisória nº 168/1990, que bloqueou depósitos da
poupança, CDBs, fundos de renda fixa e contas correntes. Só por isto já deveria
ter sido preso há muito tempo. Mas o STF se acomodou e quando se manifestou,
anos depois, seus efeitos já tinham cessado, embora prejuízos persistam até
hoje.
Ah!, se fosse o Bolsonaro? Seria
condenado e executado na forca, em 24 horas, por decisão do STF. E se fosse o
Lula? Daí é diferente: o STF não só homologaria a medida como estenderia seus
efeitos e prazos e reduziria o valor utilizável a R$ 25,00 (eu não disse que a
realidade judicial brasileira é tão escabrosa e confusa que minha mente foi
tolhida na capacidade de dizer o que é justo ou injusto?)
Só o Fachin, o Alexandre de Moraes, o
Toffoli e o Barroso sabem. Mas isto está longe de dizer que eles têm capacidade
de distinguir o certo do errado.
É bom esclarecer que não estou
falando da condenação. Esta foi fundamentada na sentença. Estou falando da
justeza da prisão porque outros, Lula na cabeça, foram também condenados mas
estão hoje livres e soltos, o cabeça ungido à presidência da República por
caminhos definitivamente insanos.
Por isto a pergunta que faço pela
enésima vez: se nas últimas eleições presidenciais fosse admitido o voto
impresso permissível de recontagem, todo esse descalabro que aí está, teria
ocorrido? Acho que não. E não precisaríamos passar vergonha pelo baixíssimo
nível do Executivo, do Legislativo e do Judiciário em sua turba superior, na
nossa combalida Pátria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Dê o seu pitaco: