segunda-feira, 5 de maio de 2025

A JUSTIÇA DOS JUSTICEIROS


Collor, o ex-presidente caçador de marajás, está preso por condenação em processo desdobrado da Lava-Jato. A estas alturas não tenho aptidão mental de dizer se a prisão é justa ou injusta. A realidade judicial brasileira é tão escabrosa e confusa que hoje não se sabe mais onde é a frente e onde é atrás nem o que é justo ou injusto.

Collor foi aquele que, de um dia para outro, deixou os brasileiros com apenas NCz$ 50.000,00 no bolso – uma merreca, na época – através da Medida Provisória nº 168/1990, que bloqueou depósitos da poupança, CDBs, fundos de renda fixa e contas correntes. Só por isto já deveria ter sido preso há muito tempo. Mas o STF se acomodou e quando se manifestou, anos depois, seus efeitos já tinham cessado, embora prejuízos persistam até hoje.

Ah!, se fosse o Bolsonaro? Seria condenado e executado na forca, em 24 horas, por decisão do STF. E se fosse o Lula? Daí é diferente: o STF não só homologaria a medida como estenderia seus efeitos e prazos e reduziria o valor utilizável a R$ 25,00 (eu não disse que a realidade judicial brasileira é tão escabrosa e confusa que minha mente foi tolhida na capacidade de dizer o que é justo ou injusto?)

Só o Fachin, o Alexandre de Moraes, o Toffoli e o Barroso sabem. Mas isto está longe de dizer que eles têm capacidade de distinguir o certo do errado.

É bom esclarecer que não estou falando da condenação. Esta foi fundamentada na sentença. Estou falando da justeza da prisão porque outros, Lula na cabeça, foram também condenados mas estão hoje livres e soltos, o cabeça ungido à presidência da República por caminhos definitivamente insanos.

Por isto a pergunta que faço pela enésima vez: se nas últimas eleições presidenciais fosse admitido o voto impresso permissível de recontagem, todo esse descalabro que aí está, teria ocorrido? Acho que não. E não precisaríamos passar vergonha pelo baixíssimo nível do Executivo, do Legislativo e do Judiciário em sua turba superior, na nossa combalida Pátria.  

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Dê o seu pitaco: