Esses dias o Aluizio Amorim, em seu blog, relembrou o caso dos aloprados do PT que, nas eleições de 2006, tentaram adquirir um dossiê contra Serra e Alckmin. O caso foi chamado de Dossiê Cuiabá e as investigações da Polícia Federal levaram à apreensão de R$ 1.700.000,00 em cédulas de dólares e reais.
Lula, como sempre, de nada sabia. É incrível a capacidade dele de governar sem saber de fatos políticos que ocorrem na ante-sala de seu gabinete. Foi o último a saber e o máximo que fez foi chamar os envolvidos de aloprados – foi se ver era um elogio – e tudo ficou por isto mesmo, rumo à implantação nacional da Ética petista.
Logo depois outros integrantes do PT, natural e estudadamente perplexos, disseram que tudo não passava de uma armação contra o partido.
Até hoje não se sabe do progresso das investigações nem se descobriu a origem da elevada quantia apreendida. Ou melhor, não se sabia, pois agora saberão.
Foi mesmo uma armação. Antes tarde do que nunca, penitentemente confesso: fui eu o autor...
Não me perguntem como consegui reunir esse dinheiro, já que em toda a minha vida de magistrado amealhei muito menos do que Lula em quatro anos, de uma eleição para outra, mas a verdade é que entreguei o tutu aos petistas para que adquiririssem o dossiê. Transportei o dinheiro em cuecas e malas, seguindo os mais escorreitos ensinamentos partidários (acondicioná-lo em meias ainda não estava na moda).
Mas estou profundamente arrependido. Foi um ato impensado. Não sei onde é que estava com a cabeça. Fui miseravelmente traído por mim mesmo. Fiz isto apenas para prejudicar o PT e o Governo, o que não é de minha índole. Sou de boa paz.
Por isto, invocando em meu favor os benefícios da delação premiada – afinal, estou delatando a mim mesmo – suplico:
Por favor, devolvam o meu dinheiro. Podem até ficar com as cuecas e com a mala. Mas devolvam-me o dinheiro, por favor!
Salve, Ilton!
ResponderExcluirEstá muito boa a crônica...hehehe...
Grande abraço
Já refiz o link para ca.
ResponderExcluirabs