O que se esconde debaixo da saia da nossa provecta Petrobrás que assanha
tanto ONGs quanto gente ligada ao Governo e que colocou uma pulga elefântica
atrás da orelha de Lula (não sei se é aquela que ele usa para as vaias ou a que
usa para nada ouvir)?
Será ela uma vestal corrupta e promíscua, vestida com vestes angelicais,
impoluta apenas na aparência sólida e, de uma forma ou de outra, por nós todos
sustentada, acionistas ou não, ou é como nem a mulher de Cesar não deve ser?
Ontem disseram que é patrimônio de todos
os brasileiros, o que talvez justifique esse assanhamento.
Lula, o que nunca sabe de nada, nega, como sempre – é um negativista
histórico e oportunista, pois só nega o que integra suas conveniências –
qualquer influência na composição da CPI. Mas, segundo o blog do
Josias:
O pré-acordo fechado
entre o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL) e a oposição naufragou
após encontro do senador com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O acordo
previa a divisão do comando das investigações: a presidência da CPI ficaria com
ACM Jr. (DEM-BA), e a relatoria com Romero Jucá (PMDB-RR), líder de Lula no Senado.
A oposição é louca. Acredita em Renan Calheiros, esquecendo-se de que
ele conviveu e convive em relação concubinária com Collor, Itamar, FHC e Lula
num compáscuo duradouro e azeitado por interesses próprios: colocar-se acima de
qualquer suspeita convivendo com quem está por cima. Ainda não conseguiu
amasiar-se com o P-SOL, porque este ainda é um partido pequeno. Se estivesse no
poder – por cima, como disse – já teria iniciado as bolinações.
Nem todos os políticos têm essa capacidade camaleônica de libar com
amigos de hoje que foram inimigos de ontem e que poderão voltar a ser inimigos
amanhã com tanta exuberância e naturalidade como ele.
Exceto seu colega José Sarney, que foi da Arena no tempo em que esta era
não apenas adversária, mas inimiga mesmo, do MDB. Hoje integra o PMDB –
sucessor daquele – por oportunismo. É senador pelo Amapá porque não tinha
chances do Maranhão, seu domicílio (mas quem sem importa com isto? Para os
tribunais eleitorais não vale o domicílio físico, mas o domicílio eleitoral
declarado, ainda que falso.
Depois da não
intervenção de Lula foram apontados para compor a mesa, pela base governista,
oito senadores, entre os quais Fernando Collor, repito, Fernando Collor, ele
mesmo, aquele que o PT ajudou tão sedizentemente estóico a cassar.
Já disse, mais de uma vez, que não acredito em
CPIs. Elas são um instrumento muito eficaz para por na berlinda os políticos
que a integram durante a confecção da pizza que, geralmente, coroa seu final.
Nenhuma irregularidade apurada por uma CPI não poderia ser tratada com mais
eficácia pelo Ministério Público, por exemplo.
O que me chama a atenção, nesta, é o interesse de
Lula em bombardeá-la antes de começar. Segundo a Folha: o Palácio do Planalto é contrário à CPI para evitar danos à imagem da
Petrobras em meio à crise econômica internacional.
Lula pode não ter o mesmo conhecimento e o mesmo
entendimento do Palácio do Planalto. Ele plana ainda mais alto. Está sempre
viajando e o que pensa não necessariamente coincide com o que pensa a turma
palaciana. Sei que é difícil de entender, mas se levarmos em consideração que
ele nada sabe e nada faz, ao menos para consumo externo, fica mais fácil.
O que efetivamente me preocupa, embora não mais
devesse preocupar, é Lula, do PT, em conjugação de vontades com seus outrora
inimigos Collor, Calheiros e Sarney, formando uma quadrilha altamente
qualificada brindando à nossa cordeirice.
Pode? Claro que pode. Afinal, PT também pode
significar Pode Tudo!
Publicado originalmente em 28/05/2009
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