quarta-feira, 19 de maio de 2021

SE TIVESSEM ME ESCUTADO...

 Em 11/07/2007 publiquei a exortação abaixo no meu antigo blog. Ninguém me escutou!




Exijo a renúncia imediata de Renan Calheiros. Já! De preferência, com confinamento...

Convoco os adormecidos caras-pintadas a me acompanhar nesta cruzada. Aceito petistas de todos os pêlos, com ou sem carteirinha, mas esclareço que não disponho de dólares nas cuecas para pagá-los. É por amor à Pátria!

Por favor publiquem este texto em todos os jornais que puderem, enviem aos amigos virtuais e àqueles que conhecem pessoalmente e não possuem micro, conversem ao pé-da-orelha, espalhem pelas esquinas, criem panfletos, berrem aos quatro ventos: Renan Calheiros, fora!

Nada contra o adultério que ele cometeu. Adultério, hoje em dia, só existe na memória dos mais velhos e na cabeça dos cornos e nem é crime.

Nada, também, contra o péssimo exemplo que deu à moçada, trepando sem camisinha e engravidando uma moça despreparada nas moitas de Brasília. Moças despreparadas e homem aproveitadores existem às pampas e aos planaltos, gravidezes indesejadas também, mas isto é problema de saúde pública, como decidiu intempestivamente o ministro Temporão. O problema é dela. Não da moça, da saúde pública.

Também nada contra o fato de ele usar um amigo como mandalete para pagar a pensão da saúde pública, digo, da filha. Afinal, amigos devem servir para alguma coisa. Não podemos culpá-lo por tê-los em várias escalas sociais pois é um homem público, detém cargo importante, e isto atrai mui amigos de todos os matizes.

O fato de esse amigo ser empreiteiro com interesses junto ao Governo, também não importa. Ele, Renan, é um homem educado. Vocês acham que ele deveria dizer: “recuso a sua amizade e a sua intermediação porque sou um prócer da Nação e sua empresa tem interesses que podem conflitar com os dela e ela está acima de tudo?” Claro que não. Quem não gostaria de um amigo que pagasse suas contas? O Lula não tem o Okamoto?

Se o dinheiro era da Gautama, melhor para nós: pelo menos não saiu dos cofres públicos que abastecemos. Mas isto é corrupção? E daí? Estamos acostumados e nada nos faz largar a ideia de que, afinal, isto é normal. Se até aquele que é presidente diz que não tem nada com isto, por que é que nós, simples mortais, vamos ter?

Quero o Renan confinado — e já! — porque ele cometeu crime contra a Economia Popular: vendeu gado a preços muito superiores ao de mercado (o coitado do Roriz foi na onda e se enrolou com uma simples bezerra), mas nós, o povo, é que sofremos mais.

Por causa disto, os pecuaristas daqui aumentaram o preço do boi. A carne não para de subir. De janeiro até agora, 25%. Não dá mais para comer picanha nem filé mignon. Uma desgraça. Um desastre. Um descalabro!

E se o Cesar Valente, com quem tive um belo encontro recentemente, tiver a tresloucada idéia de aceitar o convite que lhe fiz e me visitar em Porto Alegre? O que é que lhe vou servir? Carne de pescoço no lugar de entrecô? Ele tem o aspecto físico e o jeitão de quem conhece de carne e de churrasco. Estou cansado demais para me dar ao luxo de passar vexames.

Como é que vou receber meus outros amigos de Santa Catarina? Os virtuais e os não virtuais? E meus irmãos? Devo desconvidá-los, todos, até segunda ordem?

Pode ser. Mas antes de tudo: RENAN CALHEIROS, FORA! JÁ!

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