quarta-feira, 29 de julho de 2020

O QUE FOI QUE NÓS FIZEMOS?



Gilmar Mendes acusa o Governo Federal de genocídio e diz que as forças armadas colaboram para isto, sem apresentar fundamentos – os magistrados, por imposição constitucional, devem fundamentar seus juízos. É certo que ele não participava de um julgamento, mas é sempre bom ser claro. Principalmente quando as declarações para a mídia são mais constantes que os votos em processos. Depois, candidamente, disse que não ofendeu nem quis ofender as forças armadas.

Celso de Mello, que sai em novembro (como custa a passar este ano!) compara o presidente da República a Hitler, também sem fundamento e clareza. Aliás, clareza é algo que não se pode esperar dele nem em julgamentos. Ele é empolado, prolixo e macarrônico. Talvez quisesse inclusive dizer outra coisa. Catilina, o senador romano que enticava Cícero, era mais objetivo.

Barroso diz que curtiu “sem querer” um twitter criticando o presidente. Fachin entende que medida provisória do Comitê de Direitos Humanos da ONU prevalece sobre a lei brasileira e autoriza Lula a ser candidato a presidente. Lewandowski desde o “mensalão” é o joãozinho-do-passo-certo. Dispensa apresentações. Toffoli não sabe interpretar a Lei Maior e Alexandre de Moraes é mandalete dele. Fux acha que o STF é órgão consultivo. Rosa Weber é como uma biruta: reage ao soprar do vento, numa posição incompreensível para ministro da Corte. Carmem Lúcia chama de “desgoverno” a condução da pandemia pelo Governo Federal, esquecendo-se que é o STF o responsável pela esculhambação, já que transferiu a Governadores e Prefeitos a gerência da crise. Marco Aurélio, pelo menos, é coerente. Até na incoerência.

Pausa para meditação: Brasil, meu Brasil brasileiro: que pecados cometeste para mereceres essa turba?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Dê o seu pitaco: