quarta-feira, 18 de novembro de 2020

OS DESVIOS DO ENSINO

Causou celeuma a notícia da professora de Rio do Sul que numa aula on line afirmou a alunos que Bolsonaro cometeu uma violência política ao armar a morte de Marielle Franco.  

Tive uma experiência muito chata com meu filho quando ele frequentava o ensino fundamental num dos considerados melhores colégios da Zona Sul de Porto Alegre. Particular, claro, e bem caro.

Um dia o professor de História ensinou que as FARC, da Venezuela, eram o mais autêntico – se não o único – representante do socialismo “do mundo”, pois resistia à contaminação por outras ideologias.

Quis reclamar, mas meu filho preferiu que não. Quem defende as FARC pode muito bem perseguir um bom aluno, o que ele sempre foi. Além de tudo, já demonstrava discernimento para separar o joio do trigo.

Por coincidência, logo depois o Correio do Povo publicou matéria sobre um colar de explosivos que guerrilheiros ataram no pescoço de uma fazendeira, detonável por controle remoto, exigindo-lhe dinheiro para não explodi-la.

A tentativa de retirar o colar foi desastrosa: ela acabou decapitada pela explosão que matou também um soldado do Exército e feriu outros três. Não, não é delírio. A notícia pode ser confirmada aqui.

Recortei a matéria e pedi que meu filho a levasse para o professor. Este passou os olhos sobre o recorte e respondeu: “Se foi das FARC foi bem feito!” Assim. Grotesca e pateticamente.

Esse processo de ideologização nas nossas escolas – que deveriam ser imparciais para propiciar ao adulto do futuro uma análise isenta e particular de suas próprias crenças – vem de longe. Passa pela lavagem cerebral dos professores que transmitem seu fanatismo adiante.

É um meio covarde e odioso de corrupção mental. Atinge um ser em formação, incutindo-lhes ideias de um socialismo marxista ultrapassado e vencido que só encontra apoio no PT e suas tentaculares derivações. É um desvio do ensino. Acima de tudo, é uma agressão desrespeitosa à inteligência de adolescentes que merecem o direito de, por si próprios, com parâmetros claros e diversificados, escolher os caminhos ideológicos que pretendem trilhar em sua vida futura. 

 

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