A BR-470
ainda é a pior rodovia do Brasil. Alardearam reparos mas de Ibirama a Blumenau
continua a lesma lerda. Lerda é bem aplicável: as obras caminham com uma
lentidão digna do compasso de um antigo juiz rio-grandense que era conhecido como
“tropeiro de lesma”.
A velocidade máxima é de 80
km/h. Isto desde sua construção, lá pela década de 1970, há uns 50 anos. Os
carros deixaram de ser carroças, evoluíram consideravelmente, melhoraram em
termos de freios, suspensão, desempenho, estabilidade, manejabilidade,
segurança, mas a via continua limitada. E há muitos lugares em que a velocidade
poderia ser maior. Nossas autoridades não sabem e não querem entender assim. As
multas são um belo atrativo e é uma deslavada mentira afirmar que são
educativas. Na Alemanha as rodovias semelhantes admitem normalmente 100 km/h.
Nos trevos, é reduzida a 70 km/h...
É uma
tendência retrocessiva essa de lentificar o trânsito para evitar acidentes.
Quanto mais devagar melhor, dizem eles. Nossas auto-escolas preparam para isto.
Mas é um engano.
Meu filho fez
carteira de motorista na Alemanha. A preparação foi de quatro meses, mesmo ele
já sabendo dirigir e ter se habilitado assim que completou 18 anos, aqui no
Brasil. Com 9 anos de idade pilotava um kart a 120 km/h nas pistas de Tarumã
(Porto Alegre), Farroupilha, Bento Gonçalves...
Numa aula
prática ele estava a uns 100 por hora e o instrutor determinou: “Acelera!” Ele
foi a 120 e o instrutor “Acelera!” Ele respondeu: “mas eu já estou a 120”. E o
instrutor: “Acelera, acelera!” Não é só andar devagar que importa. Aliás, isto
é automático e todos sabemos. É importante ensinar a andar rápido, também.
Porque a
velocidade comanda o mundo e limitá-la é retrocesso.
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