Para ser ministro do Supremo se exige
menos do que para ser juiz de primeira instância. Isto explica o despreparo da
maioria deles. Despreparo primário, básico, em relação ao mínimo que se exige
de um juiz. Insinuam acintes descalibrados e rasteiros à liturgia do cargo. São
eles culpados? São! Mas os presidentes que os indicaram são mais. O nível do STF
baixou muito após FHC. Mas eles se consideram sábios e ilustres. A maioria dos
brasileiros concorda.
Uma das últimas manifestações deste
despreparo foi do ministro Barroso, presidente do TSE. Ele contatou membros do
Centrão e de partidos de Esquerda para formar um conluio e barrar a adoção do
voto impresso. Moro foi julgado suspeito por muito menos que isto. Aliás, Moro
foi julgado parcial sem motivo jurídico considerável.
Já imaginaram se o juiz de Ratolândia se
reunisse com alguns vereadores pedindo a não criação de cargos públicos
proposta pelo Prefeito, pois seria onerosa e desnecessária? O que Gilmar Mendes
diria desse juiz? E o CNJ? O que você pensaria se morasse em Ratolândia?
A atitude do ministro é um lídimo exemplo
de tentativa de interferência de um poder no outro. E é uma indignidade contra
o próprio Judiciário. A Justiça Eleitoral, embora excrescente, integra o
Judiciário e não pode combinar com o Legislativo ações e deliberações próprias
deste nem influenciar esta ou aquela tomada de decisões. Para evitar esse tipo
malicioso de conduta existe a tripartição dos poderes e o sistema de freios e
contrapesos que rege a relação entre eles.
E se o Judiciário tiver que julgar alguma
pendenga depois? Como ficará o TSE se deputados pedirem favores e benevolências
eleitoreiras em troca? Terá moral para negar ou seguirá o mesmo caminho de
conluio?
Certos supremos(as) deveriam ter olhos na
bunda. Assim enxergariam as cagadas que fazem.
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