segunda-feira, 2 de agosto de 2021

QUEREMOS O VOTO IMPRESSO

Em 2006, pelos meus registros, escrevi pela primeira de muitas vezes sobre a minha descrença na urna eletrônica. (Apenas para esclarecer, fui Juiz Eleitoral em Iraí, Espumoso, Novo Hamburgo e em Porto Alegre. Era Juiz quando pela primeira vez foi utilizada, no Brasil, a urna eletrônica, em 1996). Artigos que escrevi foram publicados em jornais, dei entrevistas para a rádio do Senado e para a globo.com, troquei ideias com gente que lutava desde então pela obrigatoriedade do voto impresso. A luta vem de longe, embora seja correto dizer que muita gente então virou a casaca e agora defende o outro lado.

A urna eletrônica usada nas eleições do Brasil é semelhante a um micro. É programada por seres humanos e seu software é alterável de acordo com as peculiaridades de cada eleição. Por ser programável pode sofrer a ação de maliciosos que queiram alterar resultados em seus interesses e modificar o endereço do voto com mais facilidade do que se inocula um vírus no seu micro via Internet. Além disto, pode desvendar nosso voto, pois o número do título é gravado na urna na mesma ocasião e fica a ela associado.

Há várias formas de se fazer isto. Por exemplo: é possível introduzir um comando como o descrito na rotina anexa para desviar voto para um determinado candidato mesmo que o eleitor tenha teclado o número de outro.

Nas eleições com urna eletrônica que presidi nunca foram comprovadas fraudes. E se houve, nunca ninguém poderia descobrir. Nem o ministro Barroso.


 

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