Você quer entender a mecânica de funcionamento da mente de um comunista? Sinto, mas não vai conseguir. É muito difícil! A cabeça deles é totalmente revirada. É do avesso. Aliás, se fosse normal, eles não seriam comunistas.
Mas se quiser pelo menos tentar decifrar o
emaranhado de ideias – se é que
podemos chamá-las assim – que há no interior do cérebro de um deles, veja o
filme “A Revolução Silenciosa”, do diretor alemão Lars
Kraume, lançado em 2018, baseado no livro homônimo de Dietrich Garstka
(1939-2018).
Baseado em fatos de 1956, passados na
Alemanha Oriental, relata os dissabores e transtornos de adolescentes em vias
de concluir o ensino médio na cidade-modelo de Stalinstadt, próxima à fronteira
com a Polônia. Um grupo de alunos resolve, um tanto ingenuamente, homenagear os
mortos da fracassada revolução húngara contra o domínio soviético através da
observância de um minuto de silêncio em sala de aula.
Um minuto de silêncio, mais nada! Esse
gatilho é encarado pelo corpo docente, e pelo próprio Ministro da Educação que passa
a coordenar as investigações, como o estopim de um dissenso grave. De distorção
em distorção, chegam à interpretação de que se trata de um movimento
contrarrevolucionário perigoso que visa a derrubada do regime e que deve ser
estancado imediatamente, com punições exemplares.
A tentativa de decifrar a cabeça de um
comunista é impossível ao senso comum e normal. Ela não resiste a um minuto de
silêncio.