quarta-feira, 15 de setembro de 2021

A MELHOR PROFISSÃO DO MUNDO!



A “profissão” de ministro do Supremo Tribunal Federal é a que menos exige pré-requisitos de acesso, comparada com as demais profissões brasileiras, privadas ou públicas. Qualquer um pode ser ministro. Nem é preciso ser formado em Direito .

Dificuldade existe, claro, pois há apenas 11 cargos e seus membros não são vitalícios. Mas podem exercê-la até os 75 anos de idade, sem risco: para destituir um supremo, só o impeachment, mas isto nunca houve na história do Brasil. O Senado é uma mãe generosa que aprova indicações suspeitas e impede a expulsão.

Os pré-requisitos maiores são idoneidade moral e conhecimento jurídico. Diz a lei. Mas a lei é morta. Reputação ilibada é um conceito genérico que cada um interpreta como quer. O STF considera Lula de bom comportamento. E temos ministros que são mau exemplo nesse sentido. Toffoli fora condenado no Amapá por malversação do dinheiro público e teve as ações providencialmente extintas a toque de caixa (e ainda reclamam que a Justiça é morosa...)

A prova de saber jurídico é no Senado, em sabatina. Não passa de uma charla de galpão, daquelas em que os gaúchos repassam a cuia de mate ao redor de fogo de chão, jogando conversa fora. Provar conhecimento jurídico perante a rabacuada do Senado? Se isto fosse sério, Fachin, Toffoli e Moraes teriam “rodado” liminarmente. Se fossem exigidos requisitos médicos, o João de Deus passaria com mais facilidade do que um médico laureado. E o Toffoli? Rodou duas vezes em concurso para juiz de direito, mas no Senado passou com superioridade.

Empossados, eles passam a ser deuses e a deter poderes inigualáveis, como se fossem realmente sábios e isentos. Contam com remuneração invejável, e mais gratificação natalina, passagens aéreas, auxílio moradia e diárias e uso de bens e favores alcançados pelo Poder Público (carros, barbeiro, médicos, banquetes lagosteados), pagos por nós, até os 75 anos de idade.

É a melhor profissão do mundo, em todos os sentidos.

 

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