domingo, 26 de setembro de 2021

UM SILÊNCIO RETUMBANTE


Você quer entender a mecânica de funcionamento da mente de um comunista? Sinto, mas não vai conseguir. É muito difícil! A cabeça deles é totalmente revirada. É do avesso. Aliás, se fosse normal, eles não seriam comunistas.

Mas se quiser pelo menos tentar decifrar o emaranhado de ideias – se é que podemos chamá-las assim – que há no interior do cérebro de um deles, veja o filme “A Revolução Silenciosa”, do diretor alemão Lars Kraume, lançado em 2018, baseado no livro homônimo de Dietrich Garstka (1939-2018). 

Baseado em fatos de 1956, passados na Alemanha Oriental, relata os dissabores e transtornos de adolescentes em vias de concluir o ensino médio na cidade-modelo de Stalinstadt, próxima à fronteira com a Polônia. Um grupo de alunos resolve, um tanto ingenuamente, homenagear os mortos da fracassada revolução húngara contra o domínio soviético através da observância de um minuto de silêncio em sala de aula.

Um minuto de silêncio, mais nada! Esse gatilho é encarado pelo corpo docente, e pelo próprio Ministro da Educação que passa a coordenar as investigações, como o estopim de um dissenso grave. De distorção em distorção, chegam à interpretação de que se trata de um movimento contrarrevolucionário perigoso que visa a derrubada do regime e que deve ser estancado imediatamente, com punições exemplares.

A tentativa de decifrar a cabeça de um comunista é impossível ao senso comum e normal. Ela não resiste a um minuto de silêncio. 


 

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