Desenha-se com muita nitidez no horizonte da vida nacional aquilo que
ninguém podia imaginar, nem mesmo o mais empedernido dos adoradores do ídolo
cachaceiro: Lula vai sair belo e formoso dos processos a que respondeu, com
ficha limpa e direito a gordas indenizações da União Federal pelas condenações
que Gilmar Mendes et caterva considerou “injustas” – nem quero falar de
candidatura.
Sérgio Moro, que o condenou e cujas sentenças foram confirmadas pela 8ª
Turma do TRF4, já é crucificado em redes sociais.
Foi um péssimo negócio trocar Moro por Lula. Sabemos o que Lula nos fez
de mal e ao Brasil. E Moro? Só sei o que ele fez de bem: enfrentou a corrupção
nas altas esferas e deu início a uma jornada de esperança que soergueu nosso
orgulho e nossa fé, conscientizando-nos de que o Brasil tinha jeito. Não tem!
Não tem!
Mas a capacidade de julgar da nossa Justiça é diabólica. Transformadora,
no mau sentido. Diz que a água é vinho e considera herético e passível de
punição quem ousa criticar.
Como na fábula de La Fontaine, em que é como o lobo que bebe água – o
STF diria vinho – num córrego, à montante de uma ovelha, e a acusa de lhe estar
turvando a água, embora a impossibilidade reconhecida pelas leis da Física: a
água não corre riacho acima.
O lobo acusou, investigou, julgou e executou a pena de morte. Moral da história, muito em voga hoje no Supremo: a razão do mais forte é sempre a melhor.
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