sábado, 4 de setembro de 2021

A RAZÃO DO MAIS FORTE É SEMPRE A MELHOR


Desenha-se com muita nitidez no horizonte da vida nacional aquilo que ninguém podia imaginar, nem mesmo o mais empedernido dos adoradores do ídolo cachaceiro: Lula vai sair belo e formoso dos processos a que respondeu, com ficha limpa e direito a gordas indenizações da União Federal pelas condenações que Gilmar Mendes et caterva considerou “injustas” – nem quero falar de candidatura.

Sérgio Moro, que o condenou e cujas sentenças foram confirmadas pela 8ª Turma do TRF4, já é crucificado em redes sociais.

Foi um péssimo negócio trocar Moro por Lula. Sabemos o que Lula nos fez de mal e ao Brasil. E Moro? Só sei o que ele fez de bem: enfrentou a corrupção nas altas esferas e deu início a uma jornada de esperança que soergueu nosso orgulho e nossa fé, conscientizando-nos de que o Brasil tinha jeito. Não tem! Não tem!

Mas a capacidade de julgar da nossa Justiça é diabólica. Transformadora, no mau sentido. Diz que a água é vinho e considera herético e passível de punição quem ousa criticar.

Como na fábula de La Fontaine, em que é como o lobo que bebe água – o STF diria vinho – num córrego, à montante de uma ovelha, e a acusa de lhe estar turvando a água, embora a impossibilidade reconhecida pelas leis da Física: a água não corre riacho acima.

O lobo acusou, investigou, julgou e executou a pena de morte. Moral da história, muito em voga hoje no Supremo: a razão do mais forte é sempre a melhor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Dê o seu pitaco: