quarta-feira, 26 de outubro de 2022

O OVO DA SERPENTE

Esta é, de longe, a mais catastrófica administração de eleições pelo menos dos últimos 60 anos. E pode piorar! Nunca se observou tanto barbarismo jurídico como este entoado sob a batuta de Alexandre de Moraes, com pré-colaboração ativa de Barroso e Fachin. Longe, muito longe, da magnificência encenada pelo presidente do TSE no discurso de sua suntuosa posse.

São tantos os casos absurdos que não é possível decliná-los todos. Nem falo da tendência visível em prejudicar um candidato privilegiando o outro. Lula pode chamar Bolsonaro de genocida; Bolsonaro não pode chamar Lula de corrupto.

Lula pôde, em campanha, exibir-se com um boné com as letras CPX e daí angariar dividendos eleitorais – se ele achasse que não renderia, não teria usado – ser fotografado e ter a foto publicada. Mas o adversário não pode exibi-la em posts (veja aqui). A decisão foi de meu antigo colega do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Paulo de Tarso Sanseverino.

Agora explode um fato gravíssimo. A candidatura de Bolsonaro submeteu ao TSE denúncia de omissão de inserções radiofônicas em seu favor, por todo o país. O pedido baseou-se em laudo pericial de empresa de auditoria que Moraes tratou levianamente, tachando-a de possivelmente apócrifa e sem seriedade (Juiz não deve prejulgar!). Ordenou que o representante juntasse “provas” em 24 horas. O que foi feito.

Nesta manhã fomos surpreendidos pela notícia de que um funcionário TSE, possivelmente o encarregado de passar às rádios os horários em que estas deveriam providenciar tais inserções, fora exonerado. Sem motivo informado. Veja aqui.

E agora? Em que nível de gravidade se pode catalogar essa verdadeira agressão aos brasileiros? Quais as consequências? Não se sabe. Mas a lisura das eleições já está definitivamente manchada. Temos que aguardar a decisão do TSE do Alexandre de Moraes.

Encontraremos o ovo da serpente? 

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