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O
ministro Celso de Mello continua com a arenga em defesa de sua independência em
relação à mídia. Mas o que mais surpreende é ele dizer que “nunca a mídia foi
tão ostensiva para subjugar um juiz”. Leia aqui.
Em
que elementos de convicção ele se baseia para tal afirmativa? Na observação,
pura e simples? Parece que sim:
"Há alguns que ainda insistem em dizer que não
fui exposto a uma brutal pressão midiática. Basta ler, no entanto, os artigos e
editoriais publicados em diversos meios de comunicação social (os 'mass media')
para se concluir diversamente! É de registrar-se que essa pressão, além de
inadequada e insólita, resultou absolutamente inútil", afirmou ele.
O
que se pode concluir é que o senhor ministro acusou a pressão e por ela foi
influenciado, ainda que essa influência agisse em sentido contrário, incutindo-lhe
sentimento revanchista.
Percebe-se
uma grande preocupação em se defender daquilo de que nunca foi acusado e nessa
preocupação reside a vulnerabilidade. Juiz influenciável, contra ou a favor, é
a pior espécie de juiz que há. Não sei qual dos males o pior: se julgar de
acordo com a opinião midiática ou, em nome da independência, julgar contra essa
mesma opinião só porque ela se mostra ostensiva num determinado sentido.
Note-se
que ele não se gaba de ter feito Justiça, mas sim de que foi independente o
suficiente e tornar a pressão “absolutamente inútil”. Um juiz, ao julgar, não
deve sentir pressão alguma.
O
ministro já demonstrou que não sabe lidar com a opinião midiática que, nesse
caso, é a opinião pública. Leia-se a respeito matéria publicada no Blog do
Josias que transcreveu trecho do livro de Saulo Ramos sobre um episódio
revelador ocorrido entre eles, aqui.
O
ministro Celso de Mello poderia pelo menos nos poupar dessa lengalenga
choramingosa. O Juiz independente não precisa apregoar e reapregoar sua
independência. Ou é ou não é.
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Claro que não vou saber quantas vezes "penetrei" nesse teu espaço sem ver um movimento, respiração... um sinal de vida.
ResponderExcluirCheguei a duvidar da eficiência "fofoqueira" do Sr. Google, ligeiro em suas notas fúnebres. Fiquei quieto. Também não iria rezar pelo falecido. De que adiantaria afinal.
Tâmus ai. É bom e saudável frequentar esse espaço.
Abraço.
Strix.
Strix, voltei.
ExcluirIndependência ou morte. Na minha humilde opinião sugiro que eles se matem.
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