sábado, 5 de setembro de 2020

NO SUPREMO, A VERGONHA ANDA EM FALTA


Reclamam que o STF aprovou dia 12 um orçamento superior ao do ano passado em R$ 25.700.000,00. O total de R$ 712.400.000,00 equivale a 682.375,47 salários-mínimos. Para ganhar essa bufunfa um assalariado brasileiro teria que trabalhar 56.810 (cinquenta e seis mil e oitocentos e dez) anos. Parece pouco? Vá lá! São só 568 séculos.

Sejamos compreensivos com eles. Se não fosse a pandemia do vírus chinês o valor seria muito superior. Coitados! Reduzirão o consumo de lagosta e vinhos importados usados para realçar a pompa das “refeições institucionais” que o Tribunal de Contas da União liberou para eles.

Os supremos são muito conscientes e viram que o orçamento da União para o ano será menor e não querem se aproveitar e agravar a situação. Eles levam também muito em conta que Bolsonaro é o presidente da República. Jamais lesariam seu governo. Foi comparado a Hitler e chamado de genocida, mas isto é irrelevante. Eles amam Bolsonaro.

É bom deixar claro que nos dois últimos parágrafos tentei ser irônico. É bom fazer esse tipo de esclarecimento para evitar mal-entendidos. Porque se eles, por acaso, lerem isto, vão pensar que é elogio, graças a seus desvios interpretativos.

Agora falando sério: alguém acha que os supremos se avexam com críticas? Ah, ah, ah! Nos bastidores eles soltam brilhantes gargalhadas, batem-se nas costas e exclamam: “data venia, esse povinho é inocente e submisso. Salvo melhor juízo, podemos aprontar mais. AH! AH! AH!” – esse gargalhar é deles, dá pra perceber pelo brilhantismo.

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