segunda-feira, 19 de outubro de 2020

A DECISÃO É DELES, MAS O MEDO É NOSSO


Segundo o dicionário Houaiss, JUSTIÇA é um substantivo feminino que expressa a qualidade do que está em conformidade com o que é direito; maneira de perceber, avaliar o que é direito, justo”.

Ao adquirirmos conhecimento e capacidade de interpretar textos e de fazer exames de consciência, adquirimos naturalmente o sentimento do certo e do errado, do bem e do mal e do justo e do injusto que integram a Moral, que, segundo o mesmo dicionário, é o “conjunto de valores, individuais ou coletivos, considerados universalmente como norteadores das relações sociais e da conduta dos homens”. A Moral é uma das fontes do Direito, base da aplicação da Justiça.

Aos ministros do Supremo repugna a simplicidade desses conceitos. Eles fingem ser sábios e, pretendendo demonstrá-lo, afundam-se nos abismos das interpretações e nos dão soluções que nada têm de direito nem de justo. Eles são vaidosos e confusos, mas se acreditam filósofos do Direito, claros e donos da verdade.

A interpretação errada de textos gera complicações. Mas essas complicações não os atingem. A sociedade brasileira sim é obrigada a digeri-las e assimilá-las e a conviver com o injusto, com o perigo e com o medo. Eles, por eles, nos obrigariam a beijar-lhes as mãos. 

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