terça-feira, 12 de outubro de 2021

ATRASANDO O ATRASO


Davi Algolúgubre, presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, teima em não pautar a sabatina de André Mendonça, indicado ao STF pelo presidente da República, para que ele possa enfim assumir (ou não) o cargo de ministro.

Isto é grave. Isto é antidemocrático. Isto é abuso de poder de quem pode fazer e não faz por mero capricho. É um atraso de vida alcançado ao Brasil por quem sobrepõe aos interesses nacionais os seus próprios. Não há adjetivo suficientemente chulo a qualificar esse tipo de gente.

Mas é exatamente isto que se pode esperar de alguém como ele, que não seria Algolúgubre se agisse com dignidade e correção. Ele não é digno nem correto, como demonstrou à saciedade durante o período em que presidiu a Casa.

E o STF, diretamente interessado no problema, nada faz. Em tese, nem pode fazer. O Judiciário só age por provocação jurisdicional, embora alguns de seus membros, como Toffoli e Moraes, entendam que a provocação rueira, isto é, através de manifestação nas ruas, é suficiente. Consideram protestos contra o STF ataques à democracia e isto é provocação. Afinal, proposta de briga também é proposta. A teimosia de Algolúgubre é normal e aceitável.

Não há como explicar essa carência de homens probos e honestos no Legislativo (aliás, nem no Judiciário superior). Pessoas como Aziz, Renan, Randolfe, Jacques Wagner, Otto Alencar, Jáder Barbalho, Humberto Costa e alguns outros são gente que contaminam nocivamente o Senado – para ficar só no Senado – e prejudicam nossa esperança de um futuro melhor. É muito intenso o nosso azar social patrocinado por essa escumalha.

Não se pode dizer que a atuação deles como políticos é senatória. Pelo contrário: se aproxima perigosamente do comportamento de internos em um sanatório.

 

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