terça-feira, 5 de julho de 2022

A URNA ELETRÔNICA É CONFIÁVEL? (I)



A proposição é simples, quase simplória: todo computador, por mais protegido que seja, é potencialmente vulnerável a vírus e invasões cujos métodos se aperfeiçoam na mesma proporção dos aplicativos protetores. Certas empresas proprietárias de antivírus devem manter um setor específico para criar os que elas próprias, depois, vão eficientemente combater. É a melhor explicação que encontro para a propagação dessa praga cibernética.

Nada no mundo indica que se deva acreditar num micro anunciado como indevassável pelo fabricante porque isto é uma impossibilidade técnica e tecnológica. Não há processador de dados que não possa ser invadido e alterado. Não há tecnologia eficiente e suficiente contra hackers, por exemplo. Custa crer que gente do TSE acredite nessa balela pois isto é simploriamente inacreditável.

Como é que um ministro como Luiz Roberto Barroso pode garantir que uma urna lá nos confins da Amazônia não possa ser penetrada e sofrer alterações programáticas que modifiquem o direcionamento dos votos? Não pode! Nem é preciso ir tão longe. Nos centros urbanos, grandes e pequenos, é possível esse tipo de invasão. Mal-intencionados há em todo o lugar.

A urna eletrônica usada nas eleições do Brasil é semelhante a um micro. É programada por seres humanos e seu software é alterado de acordo com as peculiaridades de cada pleito. A cada pleito! Por ser programável e receber modificações a cada eleição, por que não pode sofrer ação de maliciosos que queiram alterar resultados em seus interesses? Modificar o endereço do voto é mais fácil do que inocular um vírus no seu micro via Internet. Porque, no caso, a alteração é direta, pelo programador, e não deixa os rastros daquela. Apurada a eleição, ninguém confere os softwares das urnas para examinar se estão íntegros.

Há várias formas de se fazer isto. Um exemplo: é possível introduzir um comando no programa interno determinando que a cada cinco votos um seja desviado para determinado candidato mesmo que o eleitor tenha teclado o número de outro. Com comandos simples, como os constantes da rotina que já publiquei anteriormente aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Dê o seu pitaco: