sexta-feira, 1 de julho de 2022

OS APROVEITADORES DA REPÚBLICA

Nunca antes na história deste país alojou-se no STF uma turma tão debochada quanto a atual. E preguiçosa, também. É formada pelos mimadinhos da República, que ganham excelentes proventos, trabalham pouco – muito pouco – e dão graças a Deus quanto surgem problemas na área política dos quais se apoderam indevidamente para lançar decisões e fingir que trabalham. Eles exercem a melhor profissão do mundo.

O STF só existe para tratar de questões atuais, de hoje, e há centenas de ações engavetadas, de querelas passadas, do ontem. Aqui.

Vejam o Barroso, por exemplo: ontem ele foi hostilizado em Florianópolis. Já o fora em Londres, (26/06), onde o chamaram de mentiroso, e em 02/06, nos EUA. Em junho, portanto, esteve fora de Brasília, sede do STF, em pelo menos três ocasiões. É bom lembrar que o juiz necessita de autorização do Tribunal de Justiça para se ausentar da Comarca.

Diz-se por aí que Gilmar Mendes vai quinzenalmente a Portugal a negócios particulares. Outros ministros viajam com alguma constância para dar palestras, quando não se obrigam a cancelá-las por motivos éticos de terceiros. A encenação ministerial do Supremo é uma festa!

Nada contra as palestras, desde que proferidas por palestrantes. Lula, por exemplo, está palestrante e nunca deveria deixar de está-lo. Afinal, só assiste suas prédicas quem não tem amor ao bom senso e quer afastar-se da sanidade.

Mas ministros do Supremo não podem descuidar de suas obrigações principais e sair mundo afora papeando. A atividade jurisdicional não é um bico e eles não podem – embora possam tudo – assim considerá-la. Não foram indicados nem são pagos – e bem pagos – para isto. Essas atitudes demonstram o enorme desafeto que têm pelas sagradas funções dos cargos que ocupam e provam cabalmente que não são vocacionados para a Magistratura. São aproveitadores e parasitas.

Deveriam renunciar e se dedicar ao mister conferencista, até para satisfação de seus egos. Mas eles não têm hombridade para tanto. Mas é preciso, no mínimo, que se conscientizem, tomem vergonha e parem de utilizar o cargo por amadorismo barato. Ou então que admitam, sem melindres, que é preciso que alguém os expulse de lá, porque juízes não são!


Um comentário:

  1. Anônimo2/7/22 09:49

    Os mini-stros da atual (de)composição do stf são advogados comprometidos com seus clientes. Daí o porquê de não julgarem as milhares de causas antigas para darem preferência às de seus clientes.
    Excelente crônica! Parabéns!

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