segunda-feira, 6 de junho de 2022

O STF É "LIGEIRO", NÃO CÉLERE


Esta crítica seria inimaginável há alguns anos, quando o STF era composto por membros honestos, isentos e não ideologicamente comprometidos. Atualmente é justificável porque essas qualidades estão ausentes e o ranço ideológico é assumido desavergonhadamente.

Antigamente era duvidoso arriscar um prognóstico para um julgamento como esse de amanhã, que objetiva o voto monocrático do ministro Nunes Marques, que tornou sem efeito decisões do TSE que cassaram os deputados Fernando Francischini e Valdevan Noventa, pois corria-se o risco de errar uma vez que a questão comporta caminhos jurídicos diversos e defensáveis. Hoje não! Hoje é indiscutível em todas as casas de apostas que a decisão vai ser pela revogação do voto e pela consagração do TSE como um tribunal de respeito e consideração – quando não passa de um escaninho superior de uma excrescência chamada Justiça Eleitoral. O STF está cada vez mais previsível e menos judicioso.

Esse julgamento é um pontapé na bunda de todos os que têm processos atrasados no Supremo. E há os que já completaram 33 anos. Enquanto isto nossos supremos brincam de juiz de paz, investigam, julgam e custodiam ladrões de galinhas – desculpem, parlamentares, pela comparação. Assim resplandecem as elevadas funções do STF brasileiro.

Por isto se pode concluir que a pressa suprema dessa decisão não tem nada a ver com a eficácia da prestação jurisdicional mas sim com interesses pessoais dos ministros de tornar preponderantes suas teses. Faz tempo que o STF claudica e troteia assim.

Um comentário:

  1. Anônimo6/6/22 20:46

    Bem assim, caro Ilton. Resumido e verdadeiro! Abração

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