Alexandre de Moraes é um dos mais petulantes.
Ele é como o jogador de pôquer que não paga a aposta mas insiste em ver as
cartas do oponente que blefa. Há muitos assim, que não têm preparo emocional
para o jogo e sofrem horrores por não poderem devassar os naipes do adversário.
Ele sofre de incontinência apartista por conta, talvez, de sua imaturidade para
o cargo. Só isto explica os nervosos “apartes” que opôs ao ministro relator
Nunes Marques quando este explanava seu voto no julgamento do caso Francischini.
Foram manifestações intempestivas,
desleais e sem sentido. Num julgamento colegiado cada julgador tem sua
oportunidade de falar. Primeiro o relator, depois o revisor e em seguida os
demais na ordem prevista regimentalmente. Não há lugar para “apartes” sobre o
mérito entre os magistrados. Não há nada que um ministro diga num aparte que
não possa dizer com mais propriedade quando chegar sua vez de votar. Quem gosta
de apartes é leiloeiro.
Era normal que, finda a sessão de
julgamento no TJRS, os desembargadores conversassem por algum tempo, mas quando
saíam o faziam com serenidade – tanto os vencedores como os vencidos –, com a
madura e grata sensação do dever cumprido. Nunca vi nenhum dos vencidos
chateado por ter sido vencido. Essa situação é absolutamente normal nos
julgamentos colegiados. Nunca vi alguém levar o resultado contrário ao seu
entendimento para o lado pessoal porque não é assim que funciona.
Exceto no Supremo, parece.
Esses supremos precisariam aprimorar conhecimentos em regras de civilidade e da teleologia do magistrado. Ler o
regimento interno também é bom. Frequentar cursos de aperfeiçoamento em Direito
e não deixar que apenas seus assessores o façam – melhor ainda.
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