e que alavancaram minha carreira, iniciaram quando passei
a trabalhar no Fórum de Taió, aos 16 anos de idade, em 1967. Meu primeiro
trabalho foi preencher títulos de eleitor, folhas de votação e fichas
necessárias à inscrição eleitoral na época. Frequentei Direito na UFSC e depois
advoguei em Taió. Fui membro da Junta Eleitoral nas eleições que transcorreram
até 1982, quando assumi, como Juiz, a Comarca de Iraí, no Rio Grande do Sul.
Presidi uma eleição em Iraí, duas em Novo Hamburgo e duas em Porto Alegre, a
primeira delas em 1996, na estreia nacional das urnas eletrônicas. Posso dizer,
por isto, que há 55 anos tenho familiaridade com o processo eleitoral.
Nesse
tempo todo nunca houve tanta baderna, insegurança, medos, desconfianças e más
intencionalidades quanto hoje. As autoridades eleitorais superiores, em
especial o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, são arrogantes, finórias,
tendenciosas e usurparam poderes impossíveis para erigir essa
realidade perigosa que nos tange ao abismo. A desordem está apenas começando.
Contrariando todos os princípios da Prova, Alexandre de Moraes ignora indícios; exige prova feita de fraude. Atropela os inafastáveis princípios do contraditório. Como exigir prova pré-constituída de fatos retirando da parte o direito de fazê-la no curso do processo, que é exatamente o meio legal para tanto? Pior: como é possível provar que as urnas são vulneráveis se não se pode acessá-las? Elas são inauditáveis, embora eles, finoriamente, digam que são. Finda a votação, após o Registro Digital de Voto, se irregularidade houve, não pode ser demonstrada. O sistema da urna não registra fraudes. Apenas expressa seu conteúdo. Nossas autoridades eleitorais conseguiram praticar o crime perfeito, aquele que não deixa vestígios!
E nos impõem essa realidade goela abaixo como se fôssemos crianças obrigadas a tomar óleo de rícino. Nem podemos fazer cara feia. Pior ainda: o réu é o juiz de sua absolvição, como é desonestamente aceito nessa bizarra Justiça Eleitoral, cujos princípios de prova são, acima de tudo, imorais. Como se ao maníaco do parque fosse dado o direito de prolatar as sentenças nos processos a que responde...
Mas acredito
piamente que a justiça emergirá um dia do seio de nossa vilipendiada sociedade
e se imporá com toda a força a esses farsantes disfarçados de juristas; mas que
lhes sejam assegurados os princípios do contraditório e da ampla defesa.
Atenção, senhores
ministros: isto não é ameaça nem a expressão de um desejo; não tenho a má índole
dos senhores. É apenas uma manifestação de esperança!
Cumprimentos, querido sogro, por compartilhar sua experiência de vida no trabalho na nossa jabuticaba Justiça Eleitoral!
ResponderExcluirMais ainda pela coragem de confrontar os algozes da liberdade de expressão e da transparência no sistema eleitoral.
A ditadura do STF/TSE já não tem controle. Nossos iluministros estão dobrando e redobrando a aposta no árbitro e submissão do povo brasileiro às suas estapafúrdias e draconiana decisões.
O Estado de Direito não mais existe no Brasil, digo, no Xandaquistão.
Tibério Vianna Xavier.
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