Desconfio que os juízes, durante os anos de dedicação
diária à missão de julgar, vão se desqualificando pouco a pouco a ponto de não
poderem mais ser considerados de notável saber jurídico. Ou vão perdendo sua
ilibada reputação, sei lá!
Nas ações contenciosas o juiz sempre agrada a parte
que vence e desagrada a que perde. Então ocorrem críticas e elogios, meio a
meio. Talvez as críticas tenham algum poder negativo mais potente.
Ou
talvez outros que lidam com o Direito – promotores, advogados, procuradores,
etc. – adquiram essas qualidades com mais eficácia e solidez no desempenho de
suas funções, mesmo que entre elas não esteja a de julgar. Talvez, por
assimilação e pela convivência, absorvam essas qualidades dos juízes.
Isto explicaria o fato de serem tão poucos os juízes
de carreira indicados ao Supremo.
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