sábado, 20 de junho de 2020

JUSTIÇA ELEITORAL, UMA EXCRESCÊNCIA INDIGESTA PARA A DEMOCRACIA



Você já parou para pensar como é o sistema eleitoral no Brasil? Você já imaginou se qualquer decisão importante em sua empresa ou ambiente de trabalho necessitasse da fiscalização judicial? Se fosse preciso solicitar a presença de um representante da Justiça para gerir a eleição do síndico do seu condomínio? Se houvesse um bombeiro ao seu lado cada vez que você vai acender o fogão a gás?
Assim é Justiça Eleitoral. Ela existe em poucos países desenvolvidos do mundo e é um apêndice desnecessário. E caríssimo! Deputados e Senadores, melindrosos a eventuais invasões de competência entre os poderes, não percebem, ou não querem perceber, que a Justiça Eleitoral é um braço do Poder Judiciário que interfere, por delegação deles, nos outros dois poderes.
Como no Brasil os políticos não confiam nem em si mesmos, criaram essa Justiça específica como uma espécie de Leão de Chácara para o baile de gala das eleições. É uma justiça caríssima e elitista que só é chamada para atuar mais acentuadamente de dois em dois anos.
Eles aceitam isto como se precisassem efetivamente da tutela da Justiça Eleitoral para serem declarados eleitos e tomar posse. Acolhem esse paternalismo porque não confiam em suas próprias ações. Sentem-se seguros com a existência de um ente superior a quem podem, depois, descarregar impropérios na eventual insurgência de fraudes, transferir responsabilidades por elas e se sentir protegidos nos descaminhos das campanhas. E, acima de tudo, culpá-la nas derrotas.

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