Sem dúvidas, a Humanidade progride e se desenvolve.
Mas também se corrompe e regride. O saldo, felizmente, quase sempre é positivo.
Com exceções. Algo como dar três passos à frente e dois para trás. Assim vimos vivendo.
Quantos séculos de estudo de sábios e filósofos
levaram o Ocidente afinal a acreditar que a Terra gira em torno do Sol, e não o
contrário?
Também
a tripartição dos poderes foi objeto de muito estudo antes da teoria virar
prática, oficialmente por conta de Montesquieu, o que veio facilitar
incontestavelmente as funções do Estado creditando a três instituições
independentes, mas harmônicas entre si, a distribuição da Justiça, a elaboração
de Leis e a administração propriamente dita.
Hoje, a maioria das nações do mundo usa a tripartição
dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) para alcançar ao cidadão
comum o bem estar social. Isto foi, sem dúvida, um sinal e um impulso
progressista da maior importância. Não nasceu no Socialismo.
Mas, para o Brasil, nem toda disposição sistemática
vale. Aqui os homens se encarregam de perverter a possibilidade do progresso e
da evolução. A estupidez prepondera nos órgãos superiores do Estado. A maioria
dos nossos homens públicos são a nata da escumalha.
O Legislativo julga e prejulga. Davi Algolúgubre, o
cacique do Senado, deve estar com calos na bunda de tanto sentar sobre pedidos
de impeachment de ministros do STF. Rodrigo Maia confunde Câmara com Brasil:
ele é presidente da Câmara, mas acha que é do Brasil, e não esconde sua
malévola vocação arbitrária. Esse poder interfere no Executivo e no Judiciário,
evitando aprovar medidas importantes e estropiando decisões. O Judiciário é o
pior dos três poderes: legisla mesmo sem lacuna da lei, mete o bedelho nas políticas
públicas do Executivo, age de ofício, responde a consultas, manda prender por
vontade própria e vai julgar mesmo tendo acusado, abusando mas sentindo-se
abusado.
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