Wladimir
Putin é paranoico. Tem mania de perseguição. Para ele, o Ocidente persegue a
Rússia, como se ela fosse uma cornucópia de mil fortunas, uma potência
econômica, e todo o mundo estivesse de olho nela para explorá-la e
vilipendiá-la. Na verdade, é uma potência apenas militar e às custas de um povo
sofrido e subjugado desde antes de 1917, com pequeníssimas lacunas no decorrer.
A
paranoia de Putin é o móvel da invasão da Ucrânia. Ele falou de
“desnazificação”, “desmilitarização” e deu outras desculpas esfarrapadas no seu
delírio esquematizado. Na verdade, além do sonho de ressuscitar a URSS, ele
pretende se apossar da riqueza ucraniana – que também não é lá essas coisas,
mas é potencialmente grande – e, como diz, evitar fronteiras com nações
integrantes da OTAN. Ele teme que o Ocidente, através da OTAN, invada e conquiste
a Rússia. Até hoje não vi país da OTAN invadir outro visando dominá-lo. Mesmo
os EUA, em suas intervenções, tenta restabelecer a normalidade interna e se
afasta.
A
Ucrânia, como nação soberana, tem todo o direito de escolher a quem se afiliar:
OTAN, Comunidade Europeia, Pacto de Varsóvia – que a Rússia deixou minguar –
sem que nenhum outro país tenha o direito de impedir, vizinho ou não. Nem a
Rússia! Seria como o Brasil invadir o Paraguai para impedi-lo de integrar a OEA
– Organização dos Estados Americanos (a comparação não é a mais adequada, mas
serve).
Putin
tem medo de invasão pelo Ocidente. Se alguém tinha o direito de temer uma
invasão, era a Ucrânia. Tanto que foi invadida. De acordo com a visão de Putin
era a Ucrânia que tinha o direito anterior de invadir a Rússia.
E o
que ele fez? Invadiu um país vizinho e saiu ladrando acusações como um cachorro
louco. Ou paranoico. E acusa outros daquilo que faz. Justificativa idiota e nada
inteligente. Mas tem gente que acredita.
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