Senhor Alckmin:
Já votei no senhor em 2006,
contra o Lula. O senhor me transmitiu confiança e seriedade e acho isto
atributos essenciais para qualquer pessoa, mas principalmente para um político.
Há escassez de homens probos no Brasil de hoje.
Agora o senhor virou a
casaca. Uniu-se ao Lula, a quem já chamou de ladrão, e compõe com ele um chapa
para as eleições de outubro. Dia 14 vi, pela tv, o senhor em desavergonhada
peroração exaltando “qualidades” de seu parceiro ladrão, digo, de seu parceiro
Lula, aquele a quem o senhor quer ajudar a voltar à cena do crime.
Desculpe-me, mas embora o seu
aparente esforço, o senhor não parecia confortável. Sua prédica pareceu mais
uma descompostura do que uma louvação. Foi um tanto artificial, não condizente
com o que demonstrava seu semblante cucurbitáceo. Não convenceu nem petista!
Por ter sido seu eleitor, até
me julgaria no direito de lhe fazer indagações sobre essa troca, ou troça.
Principalmente no que respeita aos quesitos interesse, necessidade e conveniência
dessa patacoada. Tenho sérias dúvidas sobre o motivo de sua atitude. Muitas
questões para mim interessantes restam irrespondidas. Confesso não saber se sua
adesão ao lulismo foi necessária ou conveniente, até porque a conveniência,
nesse caso, acredito, seja uma questão de foro íntimo.
Mas não vou lhe cobrar por essa traição, não farei perguntas para dirimir minhas dúvidas. Diante do fato consumado, elas seriam vazias e, acima de tudo, desnecessárias. Mas me reservo o direito de fazer apenas uma, cuja resposta talvez explique alguma coisa:
O senhor não tem vergonha na cara?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Dê o seu pitaco: