quinta-feira, 28 de abril de 2022

QUEM DIRIA!

Até há uns três meses o mundo estava relativamente calmo, fora as convulsões internas em alguns países que já fazem parte da perfeição da nossa realidade imperfeita. Na Ucrânia, os que podiam levantavam de manhã um tanto apreensivos, escovavam os dentes, tomavam café; as crianças iam para o colégio, os idosos ocupavam-se com seus afazeres, mesmo de nada fazer, e os adultos iam trabalhar. À noite dormiam, na última etapa de sua rotina diária, casais cumpriam dedicadamente suas obrigações conjugais e na manhã seguinte começava tudo de novo. Assim é a vida!

De repente, algo que as pessoas normais, aquelas que têm bom senso, não acreditavam possível: a insanidade covarde e prepotente do presidente Wladimir Putin, da Rússia, inicia uma guerra violenta conta a Ucrânia, quebrando rotinas e intrometendo o medo na vida de toda a população: crianças não têm mais colégios, idosos se sentem confusos e agredidos e adultos se dirigem, o quanto possível, para a defesa da pátria contra o inimigo com poder de fogo muito, mas muito mesmo, superior. Casais são separados até não se sabe quando.

Os pretextos são insanos e desde o início já mudaram muitas vezes de acordo com o humor raivoso do ditador: a Ucrânia não pode entrar na OTAN, desnazificação e desmilitarização. A Ucrânia será desarmada e enfraquecida de tal forma que se torne incapaz de defesa ainda que seja atacada por bodoqueiros. Ou então que seja: para tão somente matar ucranianos, e no cotejo de fatos e ações, esse aí parece ser o motivo principal.

Até há uns três meses o mundo estava relativamente calmo. Não era o ideal mas dava para ir levando. Agora, está convulsionado, em risco, os ocidentais saudosos da era pré-OTAN em que a possibilidade da reação era maior. Escudam-se na organização e as sanções que impõem castigam tanto lá como cá e mais dizem que não podem fazer, embora possam; mas a covardia é superior.

Há a ameaça do acionamento do botão nuclear e os ocidentais se cagam de medo dessa possibilidade. Ainda que seja um blefe putinesco. É triste constatar que, depois de mais de um século da “revolução comunista”, os ocidentais ainda não aprenderam a lidar com a Rússia. 

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