Até
há uns três meses o mundo estava relativamente calmo, fora as convulsões internas
em alguns países que já fazem parte da perfeição da nossa realidade imperfeita.
Na Ucrânia, os que podiam levantavam de manhã um tanto apreensivos, escovavam
os dentes, tomavam café; as crianças iam para o colégio, os idosos ocupavam-se
com seus afazeres, mesmo de nada fazer, e os adultos iam trabalhar. À noite
dormiam, na última etapa de sua rotina diária, casais cumpriam dedicadamente
suas obrigações conjugais e na manhã seguinte começava tudo de novo. Assim é a
vida!
De
repente, algo que as pessoas normais, aquelas que têm bom senso, não
acreditavam possível: a insanidade covarde e prepotente do presidente Wladimir Putin,
da Rússia, inicia uma guerra violenta conta a Ucrânia, quebrando rotinas e
intrometendo o medo na vida de toda a população: crianças não têm mais
colégios, idosos se sentem confusos e agredidos e adultos se dirigem, o quanto
possível, para a defesa da pátria contra o inimigo com poder de fogo muito, mas
muito mesmo, superior. Casais são separados até não se sabe quando.
Os
pretextos são insanos e desde o início já mudaram muitas vezes de acordo com o
humor raivoso do ditador: a Ucrânia não pode entrar na OTAN, desnazificação e
desmilitarização. A Ucrânia será desarmada e enfraquecida de tal forma que se
torne incapaz de defesa ainda que seja atacada por bodoqueiros. Ou então que
seja: para tão somente matar ucranianos, e no cotejo de fatos e ações, esse aí
parece ser o motivo principal.
Até
há uns três meses o mundo estava relativamente calmo. Não era o ideal mas dava
para ir levando. Agora, está convulsionado, em risco, os ocidentais saudosos da
era pré-OTAN em que a possibilidade da reação era maior. Escudam-se na
organização e as sanções que impõem castigam tanto lá como cá e mais dizem que
não podem fazer, embora possam; mas a covardia é superior.
Há a ameaça do acionamento do botão nuclear e os ocidentais se cagam de medo dessa possibilidade. Ainda que seja um blefe putinesco. É triste constatar que, depois de mais de um século da “revolução comunista”, os ocidentais ainda não aprenderam a lidar com a Rússia.
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