Eles não têm nem Justiça Eleitoral nem Urna Eletrônica
A foto é das eleições federais da Alemanha em 2013. A
chanceler Ângela Merkel deposita o voto em uma caixa com uma fenda na parte
superior. Aquele povo incivilizado usa cédulas de papel e urnas elementares,
facilmente violáveis e passíveis de fraude. Essas cédulas nós não usamos nem
para limpar... Deixa pra lá!
Eles precisam conhecer o nosso sistema de voto
eletrônico, tão seguro e tão imune a fraudes, tanto que o TSE nem admite testes
por auditoria independente para examiná-las e ver se de fato são tão impenetráveis
quanto apregoa.
Na verdade, a nossa urna é sujeita a fraudes e, o que
é mais grave, fraudes de difícil comprovação. No campo virtual o exame do corpo
de delito – se pudermos dizer assim – é restrito e limitado aos que têm acesso
ao software da urna. Como o TSE, reiteradamente, proíbe os exames, ou autoriza apenas
simulacros inconsequentes, ilógicos e absurdos, continuamos sem saber a
verdade. Eu gostaria de ser desmentido. Mas ser desmentido pela voz livre dos
que não guardam ligação direta com a Justiça Eleitoral.
Os votos dos alemães são impressos e deixam sua marca
indelével num papel que, em caso de dúvidas – uma possibilidade remotíssima,
porque esses europeus são mesmo muito estranhos –, servirão para recontagem
física, sem a possibilidade de erro.
Já os nossos votos vão para o limbo da urna, o que impede
uma simples recontagem. As urnas-e darão sempre o mesmo resultado, toda vez que
forem comandadas. O vício, se houver, é interno.
Confio muito mais nas eleições desses esquisitos
europeus, que chegam ao cúmulo de não dispor nem de uma Justiça Eleitoral e gravam
seus votos em cédulas de papel incompatíveis com o progresso da ciência e da
tecnologia informatizada. Acreditaria mais neles mesmo que ainda usassem
pergaminhos.
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