quinta-feira, 26 de março de 2020

LENIN, LOBO EM PELE DE CORDEIRO

          

Lenin, cuja suposta bondade a Esquerda pretende preservar, preferindo sacrificar Stalin, era igualmente perverso. Desde o início de sua vida revolucionária defendia a morte, mesmo pela fome, para motivar a revolução e destruir a ordem social. Talvez ele não tenha tido tempo de exercitar toda sua barbárie, porque morreu cedo.
Embora o texto transcrito qualifique a conduta de Lenin como marxista, na verdade ela parece ser mais inspirada em Sergey Genadievich Nechayev, seu guru, que defendia:
A paixão revolucionária, praticada em todos os momentos do dia até que se torne um hábito, será empregada com cálculos frios. Em todo o tempo e em todo o lugar o revolucionário deve obedecer não a seus impulsos pessoais, mas somente àquilo que serve à causa da revolução (in O Catecismo Revolucionário).
O texto sobre Lenin:
Uma das primeiras atitudes obviamente marxistas do jovem Lenin surgiu em 1892, ano em que a Rússia sofreu uma das mais tremendas fomes de sua história. Tolstoi, o grande escritor e pensador "social", mobilizara toda a Rússia em socorro dos camponeses; em todo lugar havia comitês encarregados da distribuição de víveres, organizados por ele, ou nos moldes dos seus. (...) Mas Vladimir Ilitch [Lenin] recusava-se a ajudar e analisava o problema da seguinte maneira:
A fome é a consequência direta de uma determinada ordem social. Enquanto perdurar essa ordem a fome será inevitável. Quando uma desaparecer, a outra também desaparecerá. A atual fome tem uma função progressista, no sentido de que estimula o desejo de uma revolução social. Porém as iniciativas para alimentar famintos são apenas uma expressão do sentimentalismo adoçado com sacarina, que caracteriza nossos intelectuais”.
(In V. Vodovozov, Minha Amizade com Lenin, citado em Pró e Contra – Lenin, o Julgamento da História, Edições Melhoramentos, 1975, pág. 14/15 – capa acima).

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