quarta-feira, 11 de novembro de 2009

MAIS UMA POESIA

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A BUSCA DO TEMPO ANTERIOR
(Canto III: modo antico, adagio lamentoso).
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Amarga é a saudade de quem espera reencontrar
quem nunca encontrou!

Sou eu a revisitar a quem nunca visitei,
a quem esqueci de esquecer e me esqueceu,
alguém que eu não perdi mas nunca achei.

Sou eu a recantar uma canção que nunca cantei,
a reescrever este verso que nunca escrevi,
a dialogar com fantasmas que exorcizei...
...a abraçar um vazio pleno de ti...

(Ah! que equação irracional
a despedida assim, sem se despedir:
partir sem sair do lugar;
ficar, e ao mesmo tempo, partir).

Saíste da minha vida sem sair
que nem sei como algum dia voltarás.

Busco em mim e só encontro a ti,
a mim procuro e não encontro nada
(não sei aonde foi que me perdi).

Talvez um dia eu encontre em ti
fragmentos da minha alma espedaçada!



Publicada em blog do mesmo nome, no Uol, em 25/06/2004.
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Um comentário:

  1. Pitaco transposto do original:

    [Glauco Damas] [gd@glauco.damas.nom.br] [http://portugueshoje.blog.uol.com.br]
    Adorei seu blog! Realmente! Mais conteúdo... textos interessantes... Percebe-se de cara que é uma pessoa CULTA. E obrigado pelas indicações ao meu blog! Ah! Vi seu comentário sobre a pronúncia de "circuito". Isso está planejado, mas acho que vou antecipar -- você me animou...

    26/06/2004 02:53

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