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Sergio Olivé, compositor e pianista argentino radicado no Brasil, que foi professor de meu filho, em seu cd “História de Sonhos e Coisas que Voam”, com belas músicas de sua autoria, gravou uma chamada “O Trem Abandonado e os Fantasmas”.
Explica ele:
“Toda vez que alguém perde um trem que queria muito pegar, um pedaço de sua alma fica vagando pela estação à espera do que nunca acontecerá. Esta é a história de uma locomotiva abandonada que sofreu durante sua vida útil por ver esses restos de desejos e vontades. Agora percorre a estrada de ferro durante as noites levando as almas tristes ao encontro do que queriam ter achado, devolvendo-lhes a paz”.
Em Taió, Santa Catarina, há uma ponte cansada depois de muitos e muitos anos de serviços prestados. Hoje goza seu descanso compulsório. Pelo seu estado, vê-se que está um pouco abandonada, mas isto é comum neste país: os aposentados de todos os gêneros são institucionalmente desmerecidos.
A velha ponte de Taió não mais une nem separa.
Tomara que nenhuma alma tenha permanecido presa nela, porque a locomotiva do Sergio não pode passar por ali.
Mas eu sei que em tempo de enchente grande, há muitos e muitos anos, um casal se aventurou a passar embaixo dela num pequeno bote, quando a água estava quase rente ao tabuleiro. Foi tragado pela forte correnteza formada nas laterais dos pilares de pedra que a sustentam.
Sergio Olivé, compositor e pianista argentino radicado no Brasil, que foi professor de meu filho, em seu cd “História de Sonhos e Coisas que Voam”, com belas músicas de sua autoria, gravou uma chamada “O Trem Abandonado e os Fantasmas”.
Explica ele:
“Toda vez que alguém perde um trem que queria muito pegar, um pedaço de sua alma fica vagando pela estação à espera do que nunca acontecerá. Esta é a história de uma locomotiva abandonada que sofreu durante sua vida útil por ver esses restos de desejos e vontades. Agora percorre a estrada de ferro durante as noites levando as almas tristes ao encontro do que queriam ter achado, devolvendo-lhes a paz”.
Em Taió, Santa Catarina, há uma ponte cansada depois de muitos e muitos anos de serviços prestados. Hoje goza seu descanso compulsório. Pelo seu estado, vê-se que está um pouco abandonada, mas isto é comum neste país: os aposentados de todos os gêneros são institucionalmente desmerecidos.
A velha ponte de Taió não mais une nem separa.
Tomara que nenhuma alma tenha permanecido presa nela, porque a locomotiva do Sergio não pode passar por ali.
Mas eu sei que em tempo de enchente grande, há muitos e muitos anos, um casal se aventurou a passar embaixo dela num pequeno bote, quando a água estava quase rente ao tabuleiro. Foi tragado pela forte correnteza formada nas laterais dos pilares de pedra que a sustentam.
Publicado no Jus Sperniandi, do autor, no Uol,
em 04/07/2004.
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Pitacos transcritos do blog original:
ResponderExcluir[Moacir Lucio Dellandréa] [mdelandrea@ibestvip.com.br]
Incontáveis vezes atravessei essa ponte, de bicicleta, para ir entregar o jornal da Induma. Minha alma não está presa nela, ela "não mais une nem separa", mas, ainda tem o poder de trazer a tona velhas e boas lembranças da infância.
04/07/2004 21:57
[Ju] [Julinha_.weblogger.com.br]
oi, gostei do seu blog...valeu, até
04/07/2004 18:55
Acho que ela vai voltar a viver...
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