sexta-feira, 20 de novembro de 2009

MOQUECA NO GRANT

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Na praia do Grant, evidentemente, não se vive de vento.

Há pescadores e peixes frescos nas manhãzinhas. O frescos se refere apenas aos peixes, não me entendam mal.

Por isto, cedinho, saímos a Ieda e eu para comprar o principal para o meio-dia.

Camarões fresquinhos a R$ 6,00 o quilo, direto da fonte. Compramos 2,5 kg que, depois de limpos e fritos, ficaram reduzidos a um pouco mais da metade. Mesmo assim, um volume apreciável.

Depois, o peixe para uma moqueca: postas de mangona. A receita pedia robalo, mas a dona da peixaria disse que o robalo era muito grande. Vou dispensar qualquer espécie de trocadilho infame. Cada um, se quiser, que faça o seu.

Eu engano na culinária, desde que a receita, bem detalhada, esteja disponível. No ano passado, numa reunião do ex-CPD-TELESC, fui encarregado da cozinha. Fiz um escondidinho e um feijão-de-tropeiro que havia experimentado quando fui ao Espírito Santo visitar minha filha.

O que não sabem é que passei a noite inteira decorando as receitas e quando cheguei botei banca de gourmet. Talvez tenha misturado ou trocado alguns dos ingredientes mas, no final, “saiu bom”, como diria o Adoniran Barbosa.

Não conheço muito de peixes. Mas a tal da mangona, um peixe forte, cumpriu sua obrigação e não decepcionou.

Minha cunhada disse que, às vezes, como a corvina, ela tem gosto de peixe mijado. Mas acho que demos sorte. Estamos em julho e esse odor amoniacado só impregna peixes nos meses cujo nome contiver um “r”, segundo afirmam os pescadores.

Aí em cima, na foto, podem conferi-la ainda na panela. Ficou excepcionalmente gostosa. Só que nunca mais vou fazer moqueca de mangona. Acerto, sempre, na primeira fez. Na segunda fica uma bosta.

Ah! O camarão foi ao alho e óleo, como aperitivo. Isto eu não soube fazer porque não havia receita. Minha cunhada encarregou-se dele.

Quando peguei a câmera para fotografar, já havia sido devorado. E éramos apenas sete pessoas, pois a maioria dos convidados não compareceu.

Ainda bem!

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Publicado no Jus Sperniandi, do autor, no Uol,
em 31/07/2004.
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Um comentário:

  1. Pitaco transcrito do original:

    [Glauco Damas] [glauco@glaucodamas.com]
    Assim não dá! Olha que eu tiro seu blog da minha lista de sites favoritos! Primeiro você fala de polenta (láááá embaixo, em outro post), agora fala de camarão! Água na boca! São duas coisas que adoro! Com licença, meu estômago começou a roncar...

    02/08/2004 19:50

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