quinta-feira, 30 de abril de 2020
PARA QUE SIMPLIFICAR?
Não sei qual a lógica que
norteia o pensamento de Alexandre de Moraes e de outros ministros do STF. E de
muitos juízes também.
Certa vez, eu era juiz em
Espumoso-RS, um cidadão entrou com uma ação com pedido liminar visando a
suspensão de eleições marcadas para daí 3 ou 4 dias em uma hípica no interior,
salvo engano, porque havia irregularidade na chapa adversária. Como a ação foi
ajuizada em cima da hora, indeferi a liminar e argumentei que, em caso de haver
tal irregularidade, a eleição poderia ser anulada depois e a consequência seria
a mesma.
Aqui o ilustre ministro
poderia raciocinar da mesma forma: indeferir a liminar, até decisão final do
Mandado de Segurança. Usando argumentos tão judiciosos quanto os que conseguiu
erigir para deferi-la. A liminar, mesmo em processos tão violentos, não precisa
ser deferida. E se houver os problemas apontados basta anular a nomeação
posteriormente. Simples assim. Ele deve saber que sua liminar vai ser fulminada
mais adiante, porque, em primeira análise, o presidente tem o poder
discricionário de nomear quem quiser para esse tipo de cargo.
Mas não: o ministro
supremo, que não é lá dotado de muitas luzes, pelos julgamentos que acompanhei
em que foi relator, empresta sua decisiva e – como se costuma dizer por lá –
“brilhante” colaboração para o tumulto. Como se não bastasse a situação caótica
que já estamos vivendo.
Ele deve ser adepto do
provérbio microsoftiano: “para que simplificar se é tão fácil complicar”?
OS RESPONSÁVEIS DEVEM SER RESPONSABILIZADOS
“Haverá um tempo em que os responsáveis serão responsabilizados!” (declaração
do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, à BILD Live, da Alemanha. Ele
esclareceu que a investigação da pandemia está longe de terminar).
A Alemanha irritou a China depois de juntar-se ao Reino Unido,
França e EUA quando chamou Pequim à responsabilidade pela pandemia. Há jornalistas
mundo afora que dizem o mesmo e crescem reações nesse sentido.
O Brasil é exceção. O embaixador
chinês reagiu pateticamente quando Eduardo Bolsonaro retuitou post de um
youtuber, Rodrigo da Silva, culpando o PC chinês pela pandemia. Rodrigo
Mala apressou-se em fazer uma pomposa genuflexão pedindo contritamente perdão. A
defesa da China tem as bênçãos da Organização Mundial da Saúde, fincada na
Grande Muralha, ou seja, em cima do imenso muro.
A China não é inocente. O vírus
nasceu lá. Houve demora das autoridades chinesas em informar o mundo. Isto já é
quase um consenso mundial. E é negligência. Negligência é uma forma de culpa.
Então a China é mesmo culpada. Xi Jinping limita as investigações. Mas é só
procurar na Internet que será fácil ler artigos com indícios veementes da
atitude criminosa do PCC.
Numa comparação bem rasteira: se
o meu cão bravo sair do meu quintal e provocar lesões em terceiros, a culpa é
minha. Negligenciei na sua guarda. Se sei de sua agressividade tenho que
impedi-lo de sair à rua em qualquer circunstância. Sempre!
Agora, se essa contaminação foi
intencional, o fato é bem mais grave. Não é mais culpa, é dolo. Como se eu
treinasse meu cachorro para matar e o atiçasse contra uma criança na rua.
Vero ou fake, tem que se apurar,
com isenção e firmeza, se o coronavírus fugiu acidentalmente do quintal chinês
ou se ele foi atiçado de propósito contra a humanidade.
quarta-feira, 29 de abril de 2020
segunda-feira, 27 de abril de 2020
domingo, 26 de abril de 2020
É PRECISO ISTO?
A introdução do ódio na política brasileira foi obra
da Esquerda, especialmente do PT. Mas as manifestações contra Sérgio Moro
provam que a Direita assimilou direitinho (ou esquerdinho) o comportamento.
É preciso tudo isto? Ou é só necessidade de mijar nos
arbustos, como fazem os cães para demarcar território, e se sentir mais
seguros? Não dá mesmo para apoiar o Governo sem odiar?
Agora atacam Moro porque Witzell referiu que vai
convidá-lo para uma Secretaria de Estado. Ora, convite é um ato unilateral.
Witzell pode convidar quem quiser, até o Bolsonaro.
Mas se esta especulação der certo e Moro aceitar?
Melhor para Witzell, que vai ter um secretário honesto e eficiente. E bom para
Moro que está sem emprego e precisa sustentar a família.
Deixemos a vida fluir normalmente. O ódio é pior para
quem o sente e cultiva do que para aquele a quem é dirigido – não dizem assim
os livros de auto ajuda?
Muitos,
após criticar Moro, exortam candidamente “fiquem com Deus”, ou algo parecido. A
Esquerda pelo menos nos poupava dessa fraude aos mandamentos.
sábado, 25 de abril de 2020
VAMOS EM FRENTE
Todos têm opinião formada e é inútil escrever a respeito. Mas aos
que dizem que Moro deveria ser mais contido em suas declarações, eu diria que
ele foi igual a Bolsonaro, que nunca teve papas na língua, sempre trovejou o
que quis, e demonstrou isto mais uma vez em seu pronunciamento ontem na TV.
Ficam algumas dúvidas. Ele não desmentiu que tinha dado “carta
branca” a Moro para a administração do Ministério, apenas disse que tinha o poder legal de demitir o Superintendente. Tinha
mesmo. Todo presidente tem. Mas diante do compromisso com Moro, sua conduta foi
desleal. Moro tinha uma profissão, era respeitado e bem sucedido nela, mas a
abandonou para servir ao Governo, mediante certas condições que, no dizer dele,
não foram observadas. Agora, Moro está sem emprego.
Bolsonaro
afirmou que Moro concordaria na troca desde que fosse nomeado Ministro do
Supremo em novembro quando sai – já vai tarde – o falso erudito Celso de Mello.
Moro já respondeu e convenceu-me. Se ele quisesse isto, era só aceitar a troca.
Duvido que Bolsonaro recusasse. Este precisa de alguém no STF que vire o placar
e Moro serviria a isto sem precisar sacrificar sua juridicidade.
Bolsonaro diz que propôs escolher o novo superintendente através de
sorteio. Brincadeira. Fazer sorteio num assunto tão sério em que ele já estava
decidido e já tinha o nome do substituto? Não dá prá engolir, me perdoem. Essas
coisas não se decidem como numa rifa de igreja.
E o ato de exoneração com a assinatura digital do Moro, que ele não
apôs, tanto que houve republicação à tarde sem essa assinatura? Você já
imaginou receber uma citação para uma execução judicial cobrando-lhe, como
avalista, uma promissória que você não avalizou? Em outros termos, foi o que
ocorreu. Acho isto muito grave, embora fosse difícil inculpar Bolsonaro. O
responsabilizado seria algum funcionário de escalão inferior.
Bolsonaro teve a oportunidade de se manifestar depois. E a última
impressão é a que fica, não dizem por aí?
Mas temos que ir adiante, apoiando o Governo, ainda que cada vez
mais desencantado. Mas não preciso racionalizar e culpar Moro para seguir
assim. E Deus nos livre de um recuo que permita à Esquerda reassumir os
destinos da nação. Isto seria a instauração do caos e um retrocesso tenebroso.
NÃO VOTEI NO BOLSONARO PELA BIOGRAFIA DELE
nem pela estampa que ostentava nos corredores da Câmara.
Quem sai trocando impropérios com uma Maria do Rosário, rebaixando-se ao nível
dela, não pode representar algo muito melhor. Desconhecia sua visão política,
que não era lá muito pública, embora fosse clara sua posição à direita. Sua
atuação como deputado não foi das mais produtivas.
Votei nele porque queria que o PT sumisse do mapa e
deixasse de nos azucrinar com mentiras e corrupção. A rejeição ao PT foi
decisiva para sua eleição, mais do que seus méritos pessoais. Ele foi
importante para esse objetivo por sua honestidade.
Ele não era a minha opção para o primeiro turno, mas
votei nele já nessa ocasião. E decidi isto quando, no Espírito Santo, visitando
familiares, vi na Globo News uma entrevista de seu candidato a vice, general
Mourão, à Miriam Leitão.
Essa entrevista me impressionou. Mourão foi objetivo e
claro e demonstrou um conhecimento superior sobre os problemas do Brasil e do
Mundo – sim, do Mundo! Driblou a malícia da entrevistadora e não deixou
pergunta sem resposta adequada, desarmando armadilhas que ela colocou no
caminho. Foi esse fato que me fez tomar a decisão. Uma perspectiva inconsciente
de que ele algum dia assuma? Sei lá. Talvez.
Não tenho prevenção contra militares. Não é por
ostentarem essa qualificação que são, automaticamente, antidemocráticos, embora
a esquerdalha pense assim.
Nem todos são da Direita. Um amigo meu, de Porto Alegre,
coronel reformado da Brigada Militar, me confidenciou, antes ainda da eleição,
que 65% "da tropa" era a favor do Lula e do "statu quo".
Ele era do ramo e sabia o que estava falando. Votou no Bolsonaro.
Agora, só resta torcer para que este país dê certo, porque
a confusão vai ser grande.
quinta-feira, 23 de abril de 2020
A TEORIA DO CAOS E O COVID-19
Autor: Davi Castiel Menda
.
“Por vontade de um prego, perdeu-se
uma ferradura;
Por vontade de uma ferradura,
perdeu-se um cavalo;
Por vontade de um cavalo, perdeu-se
um cavaleiro;
Por vontade de um cavaleiro,
perdeu-se uma batalha;
Por vontade uma batalha, perdeu-se
um reino.”
.
Nas mitologias e cosmogonias
pré-filosóficas, o caos seria o vazio obscuro e ilimitado que precedeu a
geração do mundo. Ele teria sido interrompido pelo big-bang, modelo
atualmente aceito para explicar a evolução cósmica. Decorridos milhões de anos,
o homem descobriu a entropia, medida da quantidade de desordem num sistema e
que conduziria o universo inexoravelmente ao caos. Na verdade, foi uma
redescoberta, pois o caos nunca deixou de existir. A realimentação que ilustra
o início deste artigo, com suas origens na sabedoria popular, é um exemplo
admirável de que o caos está permanentemente à nossa volta.
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O Dicionário Aurélio é
irrepreensível ao conceituar o caos: “Comportamento praticamente imprevisível
exibido em sistemas regidos por leis deterministas, e que se deve ao fato de que
as equações não-lineares que regem a evolução desses sistemas serem
extremamente sensíveis a variações, em suas condições iniciais; assim, uma
pequena alteração no valor de um parâmetro pode gerar grandes mudanças no
estado do sistema, à medida que este tem uma evolução temporal.”
.
A Teoria do Caos faz jus ao nome
pelo contraditório. O princípio fundamental estabelece que tudo que acontece no
universo, apesar da aleatoriedade, segue uma determinada ordem. Aos nossos
olhos, essa quantidade imensurável de ocorrências, com possibilidades que
tendem ao infinito, apresentam-se como simples acontecimentos ao acaso.
Entretanto, para matemáticos, físicos, economistas e meteorologistas, esses
comportamentos casuais podem ser previstos através de fórmulas e dentro de
margens estatísticas confiáveis; isto seria algo inconcebível ao leigo – a previsão
do acaso! O segundo caminho, diametralmente em oposição ao primeiro, nos
demonstra a dificuldade em alcançar resultados satisfatórios, motivados pela
confusão e desorganização – o caos propriamente dito.
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O Covid-19, situação que estamos
vivenciando e que permanecerá inesquecível negativamente na história da
humanidade, demonstra ser o retrato perfeito, pictórico, da Teoria do Caos,
caprichosamente inserida nas duas opções descritas. É de se questionar como uma
desprezível ocorrência, em determinado ponto de um sistema dinâmico, pode
acarretar consequências de proporções inimagináveis?
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Edward Lorenz, em 1963, teorizou
através da simbologia de um simples bater de asas de uma borboleta em um lugar
qualquer do mundo; o ar produzido poderia ser o limite diferencial entre um
simples vento e uma perturbação passageira ou uma tempestade tropical, desencadeando
uma alteração no comportamento da atmosfera terrestre em localidades e tempos
distantes, num processo denominado realimentação. Sintetizando a idéia de
Lorenz: uma borboleta bate asas na China e causa um furacão na América – o
chamado efeito borboleta. Isto nos leva a afirmar que todos os pequenos eventos
que ocorrem instante a instante são na verdade incontáveis efeitos borboleta,
cujos somatórios se transformam em grandes mudanças universais. O mais
impressionante de tudo isto, é o exemplo iluminado e visionário empregado por
Lorenz para demonstrar sua teoria: “uma borboleta bate asas na China e causa um
furacão na América”. Numa escala de 1 a 10, Lorenz mereceria 9.99; teria
atingido a pontuação máxima se tivesse prognosticado “um morcego bateu asas na
China e causou um furacão no mundo”!
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Segundo Laplace, que formulou o
desenvolvimento e os princípios da Teoria das Probabilidades (a mater
inspiradora da Teoria do Caos), “uma inteligência conhecendo todas essas
variáveis em determinado momento, poderia compor numa só fórmula matemática a
unificação de todos os movimentos do universo. Consequentemente, deixariam de
existir para esta inteligência o passado e o futuro, pois aos seus olhos todos
os eventos seriam resultantes do momento presente”.
.
A dúvida que paira no ar: se essa
inteligência descrita por Laplace, ou um grupo, ou uma nação, disponibilizasse
supermentes operando supercomputadores – tipo um Summit da IBM que executa
200 quatrilhões de cálculos por segundo ou o chinês Tianhe com velocidade
ligeiramente inferior – com o intuito de controlar matematicamente os pequenos
eventos que se transformam em grandes consequências, teria o poder de dominar,
através desta manipulação, o destino de toda ou boa parcela da humanidade? Não
estaria neste exato momento em plena execução?
Por: Davi Castiel Menda
quarta-feira, 22 de abril de 2020
LENIN: “Quantas tolices cometemos”
SE VIVO FOSSE, LENIN ESTARIA COMPLETANDO HOJE 150 ANOS
Já que o PCdoB lhe prestou homenagem, faço o mesmo, transcrevendo trecho do livro “Memórias de um Revolucionário”, de Victor Serge, sobre o "mea culpa" do homenageado:
“...
A paralisia geral ataca Lenin, faz com que perca, a intervalos, toda a
capacidade de trabalho, faz com que esqueça o alfabeto. Ele luta contra a
angústia de morrer cedo demais: seu rosto se torna contrafeito. Suas últimas
obras, artigos e discursos, trazem a marca de uma tristeza mortal e do
pressentimento de novos perigos. São frequentes expressões como estas: ‘Cometemos
tolices! A falta de ideias claras, a incapacidade, a ilegalidade, o arrivismo
subvertem-nos. Do mesmo modo que a mente e a presunção. Demolimos como
bárbaros. Tivemos de aprender tudo. Acreditamos dirigir o Estado, mas somos –
devido à nossa incapacidade – guiados por forças inimigas’. Está sempre latente
a ideia de que foi uma grande infelicidade o fato de a revolução socialista ter
começado nesse país atrasado, a Rússia. ‘Tínhamos um Estado emprestado do
czarismo, apenas pintado de sovietismo’” (Victor Serge, “Memórias de um
Revolucionário”, 1956) – transcrito
em Pró e Contra, “Lenin, o Julgamento da História”, Edições Melhoramentos,
1975, pág. 151.
terça-feira, 21 de abril de 2020
OS REIZINHOS REINENTOS II
Um
juiz, ao receber uma ação (penal ou cível) é obrigado a lhe dar andamento. Se engavetá-la poderá ser punido. Um delegado de polícia quando recebe uma
comunicação de crime é também obrigado a proceder ao esclarecimento dos fatos.
Assim
ocorre com todas as autoridades e funcionários públicos do país que exercem
cargo com algum poder decisório.
Todas
não! Há desonrosas exceções: os presidentes da Câmara e do Senado. Eles não são
obrigados a dar andamento a pedidos de impeachment (Senado), a pautar a votação
de medidas provisórias (Câmara), podendo ignorar uma coisa e outra – e a muitas
mais – sem ser responsabilizados.
Eles
são plenipotenciários. São mais realistas que o rei e mais legalistas que a
lei. Podem mais que todos. Eles podem derrubar vetos do presidente, mas o
presidente não pode anular a caducidade de uma medida provisória, a não ser
formulando outra na sessão legislativa seguinte.
Eles
nos representam e deveriam ser obrigados a dar andamento a todas as proposições
importantes que lhe são submetidas. É um absurdo não haver penalização para
quem age dessa maneira, sem ao menos motivar suas decisões. Ou seu arbítrio
supera a legalidade, a Ética e a Moral?
Não
é isto uma espécie de abuso de poder?
segunda-feira, 20 de abril de 2020
A IMPRENSA ESQUERDISTA É OBEDIENTE
Após a
Revolução Russa Lenin criou, em 1919, a III Internacional Comunista que
congregava PCs de vários países e visava expandir mundialmente o Comunismo –
objetivo que ainda permanece – através de uma União Mundial de Repúblicas
Socialistas Soviéticas. O modelo era o da Rússia e proposições da
Internacional, em número de 21, deveriam ser observadas por todos os partidos
filiados, entre eles o Partido Comunista do Brasil.
A proposição nº
1 dizia:
“A propaganda e
a agitação cotidianas devem ter caráter definitivamente comunista e sujeitar-se
ao programa e decisões tomadas na III Internacional. Não adianta falar da
ditadura do proletariado como de uma fórmula aprendida e comum, mas é preciso
fazer nascer da vida cotidiana a necessidade desta ditadura. A imprensa e as
reuniões públicas devem difamar, sistematicamente, a burguesia e os reformistas
de todos os graus”.
Dá para
entender, pelo tópico em destaque, porque a imprensa da Esquerda é tão infame e
desprezível no Brasil e no Mundo.
domingo, 19 de abril de 2020
O SÓ PENSAR NÃO É CRIME
Comecei
a ler o livro acima e me deparei com o discurso de Mao Tsé-Tung em 19/11/1959,
na Rússia, quando se comemorava, o 40º Aniversário da Revolução Comunista:
Vamos
imaginar quantas pessoas morreriam se a guerra estourasse. Há 2,7 bilhões de
pessoas no mundo, e um terço poderia ser perdido. Se for um pouco mais, poderia
ser a metade [...]. Digo que, se o pior se tornar ainda pior e uma metade
morrer, haverá ainda a outra metade, mas o imperialismo seria apagado e o mundo
inteiro se tornaria socialista. Depois de alguns anos, seriam 2,7 bilhões de
pessoas novamente (Mao, Jianguo yilai, vol. 6, p. 635) – in Dikötter, Frank. A
Grande Fome de Mao, Record, Edição Kindle.
São
palavras terríveis! Para ele, pouco importava o estouro da III Guerra mesmo que
a metade da população mundial morresse, mas desde que o Socialismo vicejasse
por toda a Terra.
O
Comunismo desde sempre quer dominar o mundo. Xi Jinping, Secretário-Geral do PC
e ditador-mor da China, venera Mao.
Lendo
o que disse Mao e vendo a crise coronavírus hoje: será mais uma coincidência ou
Mao fez uma subliminar e macabra proposição para o futuro, acolhida pelo
ditador atual?
Pensiero
non paga gabella – ou, o pensamento não paga imposto. Ou, ainda, o só pensar
não é crime. Cada um pense o que quiser.
sábado, 18 de abril de 2020
sexta-feira, 17 de abril de 2020
RESENHA DO LIVRO "A GRANDE FOME DE MAO"
A resenha foi copiada do site das Lojas Americanas, que vendem o livro.
“Entre 1958 e
1962, a China tornou-se um inferno. Mao Tsé-tung jogou o país em um delírio com
o Grande Salto Adiante, uma tentativa de alcançar e superar economicamente a
Grã-Bretanha em menos de quinze anos. O experimento terminou na maior
catástrofe que a China já viu, destruindo dezenas de milhões de vidas.
Com riqueza de
detalhes, Frank Dikötter expõe um período da história chinesa nunca antes
completamente enfrentado. Mostra que, ao invés de desenvolver o país para se
equiparar às superpotências mundiais, comprovando assim o poder do comunismo ―
como Mao imaginara ―, o Grande Salto Adiante na verdade foi um passo gigante e
catastrófico na direção oposta.
O país virou
palco de um dos assassinatos em massa mais cruéis de todos os tempos: pelo
menos 45 milhões de pessoas morreram de exaustão, fome ou vítimas de abusos
mortais das autoridades. Foi também a maior demolição de imóveis da história
humana, já que quase um terço das residências foram postas abaixo, sendo a
terra revirada na busca incessante por aço e outros recursos industriais.
Descortinando
as maquinações cruéis nos corredores do poder e o cotidiano da população comum,
A grande Fome de Mao dá voz aos mortos e esquecidos”.
quinta-feira, 16 de abril de 2020
ONDE ANDA A HONESTIDADE?
Eu, que passei mais de 30
anos debruçado sobre processos, analisando fatos, atos e pessoas, suas
personalidades, caráter, honestidade e sinceridade, na maioria das vezes para
absolver ou condenar, fico perplexo diante da conduta de certas figuras de nossa
política.
Os réus que interroguei e
condenei sempre mantinham alguma dignidade. Mentiam, claro, mas apenas o
estritamente necessário para tentar livrar a cara, certamente instruídos por
advogados que os esclareciam que omitir a verdade, no Brasil, é um meio de
defesa legal.
Os réus dos processos que
julguei sabiam quando mentiam e sabiam que eu sabia. Tinham consciência de que
haviam praticado crimes e muitas vezes nos seus semblantes podia se vislumbrar
um certo resquício de arrependimento.
Mas figuras como Rodrigo
Maia, Algolúgubre, Frota, Dória, Witzell, alguns ministros do STF e outros
políticos sabem que mentem para os brasileiros, sabem que são falsos e mal
intencionados. Têm que saber! Cada um sabe o que é! A consciência é algo que
não se extingue, apenas pode ser mascarada.
Será que mesmo assim eles
acreditam que são honestos? E que acreditamos neles?
MEU MANIFESTO, A CONTA-GOTAS. Artigos 1º e 2º
Como o Manifesto que lancei aqui esses dias, e compartilhei no Facebook, não teve muito sucesso nem repercussão, passo a republicá-lo aos poucos, um ou dois artigos por dia.
Talvez, assim, ele não canse quem lê e possibilite a análise mais específica de parágrafo a parágrafo. Pode ser que quem não concordou com o todo, possa concordar com um ou outro.
quarta-feira, 15 de abril de 2020
NEGÓCIO DA CHINA? JÁ ERA!
Desconfio de tudo
o que vem da China. Comprei, há tempo, dois aparelhinhos de lá que se revelaram
belas porcarias e parei. Mas ano passado as Lojas Casteni Brasil puseram no
Face um anúncio de um ralador de queijo. Entrei no site e comprei, em
25/09/2019. Em 02/10/2019, ao consultar o Correios Tracking Number e perceber
que o produto vinha da China, cancelei o pedido.
Não cancelaram.
Enrolando educada e roboticamente insistiram que eu esperasse o produto e então
o recusasse ou iniciasse o processo de devolução. E o tempo passando e eles com
o meu pobre dinheirinho – trabalhando com ele e lucrando – e eu com peças e
mais peças de queijo acumulando aqui em casa sem poder ralar (rs).
Um dia (17/01/2020)
não é que o ralador chegou? Quatro meses e quinze dias após o pedido e o
pagamento. Ou 135 dias, como queiram. Foi recusado e o negócio desfeito.
É irritante a
deslealdade de empresas que vendem on line sem dizer, na página inicial, a
origem dos produtos (China ou outro país) e a demora na entrega. Deveria ser
automático, é lógico.
Elas deveriam
informar também seu endereço físico e CNPJ, para o caso de se ter que usar a
via judicial para solução de problemas. Mas lei, para isto, não há no Brasil, e
se há é pomposamente ignorada.
Mas você, para
abrir conta nessas vendedoras, tem que informar todos os seus dados: nome,
endereço, telefone, e-mail, cpf, sexo, cor, credo, data de nascimento, peso,
altura, envergadura, cor dos olhos, tamanho do nariz... – estou exagerando, mas
é por aí.
terça-feira, 14 de abril de 2020
ROSA LUXEMBURGO E LENIN
Rosa Luxemburgo é talvez a
mulher mais destacada no Comunismo Internacional. Nascida na Polônia, adquiriu
a cidadania alemã e na Alemanha viveu grande parte de sua vida revolucionária.
Foi várias vezes presa e finalmente morta em Berlim, em 15/01/1919. Recebeu a
alcunha de "Rosa sangrenta" em razão de sua atividade agitadora.
Filósofa e professora, defendeu a Teoria Marxista e apoiou inicialmente Lenin,
o que não impediu que o criticasse quando ele assumiu o poder e instituiu suas
teorias pessoais com mão de ferro:
“Ditadura de um
"Conventículo" ou do proletariado? Eis o que escrevia Rosa Luxemburgo após um ano de ditadura de Lenin:
"Sem eleições gerais, sem liberdade de imprensa e de reunião, sem livre
luta de opiniões, extingue-se a vida de qualquer instituição pública, chega-se
a uma vida aparente, na qual apenas a burocracia permanece um elemento ativo. A
vida pública adormece lentamente; algumas dezenas de chefes de partido, de
inesgotável energia e ilimitado idealismo, dirigem e governam; na realidade,
entre eles, apenas uma dezena de excelentes cabeças governam. Uma elite da
classe trabalhadora é, de vez em quando, convocada às reuniões para aplaudir os
discursos do Chefe e aprovar unanimemente resoluções já tomadas. Trata-se, na
prática, do governo de um 'conventículo', uma ditadura, sim, mas não a do
proletariado, e sim, de um punhado de políticos, isto é, a ditadura no sentido
burguês, jacobina" (revista Der Spiegel, nº 16, 1970)” – transcrito em
Pró e Contra, Lenin, o Julgamento da
História, Edições Melhoramentos, 1975, pág. 117).
segunda-feira, 13 de abril de 2020
DURANGO KID
Durango Kid, para os mais novos, era um herói que atuava no fictício Velho Oeste dos filmes americanos, e defendia o bem sempre mascarado para evitar ser reconhecido. Lá pelo fim dos anos 1950 e início dos 1960 ele fazia sucesso em Taió, entre a piazada.
domingo, 12 de abril de 2020
sábado, 11 de abril de 2020
CUIDADO COM OS HERDEIROS DO CAMALULÃO
Não pensem que eles vão
desistir. Eles querem dominar o mundo e implantar seu regime de igualdade
rasteira, dizendo seguir a doutrina de Marx. Na verdade, poucos entendem essa
doutrina e Lenin, o primeiro que conseguiu subjugar uma nação sob o Comunismo,
foi o primeiro também a abandonar princípios marxistas.
Ele interpretava Marx
conforme seus interesses. Aliás, ele interpretava tudo de acordo com seus
interesses. Não tolerava acordos, a não ser que fosse mantido por cima. Impôs o
radical Bolchevismo contra uma maioria de mais moderados menchevistas, sociais
revolucionários, cadetes e mesmo contra a Duma, que assumiu o governo após a
queda do czar. Através do terror que, aliás, é marca registrada do Comunismo.
Mais do que por qualquer
outro motivo, eu saúdo e bendigo a eleição de Bolsonaro. Ela brecou interesses
comunistas de um bandido – condenado é bandido – e dissimulado como Lula em
implantar no Brasil um regime nos moldes do cubano, conforme entrevistas e
colóquios com seus cupinchas. Há vídeos na Internet, é só pesquisar.
Mas no Governo, incapaz em
tudo, defendia a moderação e a justiça social, sem repetir a conversa rancorosa
de suas pregações não oficiais.
A eleição de Bolsonaro serviu
para que encarássemos a esquerdalha. Esta é a consequência mais positiva que a
eleição nos trouxe. Perdemos o temor reverencial de criticar a Esquerda que,
durante anos a fio, nos impôs, aos poucos, conceitos que olhávamos
desconfiados, mas que, sob aparência simpática, não tínhamos coragem de
rebater. Como esse exagero de falsas convicções abrigadas sob o manto extenso e
capcioso do “politicamente correto”.
Mas não podemos nos esquecer:
eles não vão desistir. Podem mudar de cores, como o camaleão, “com a cabeça
dizendo sim, com o rabinho dizendo não”, mas não vão desistir. Todo cuidado é
pouco!
sexta-feira, 10 de abril de 2020
MANIFESTO ISOLADO DE UM VELHO ISOLADO.
Eu, Ilton Carlos Dellandréa, brasileiro aposentado com 68 anos de idade, envio este Manifesto a todos os administradores e governantes brasileiros, que não são idosos e que por isto têm muito o que aprender antes de ficar por aí jogando bosta no ventilador.
Não parece lógico que a humanidade não
nasceu para viver confinada?
Não parece lógico que o confinamento de
velhinhos lhes faz mais mal do que bem?
Não parece lógico que alguém com 60 ou 70
anos hoje não é necessariamente um inválido e que trancafiá-lo em casas ou
apartamentos – principalmente em apartamentos – pode dificultar-lhes a
mobilidade física e motora, tornando-o alguém com expectativa de mera vida
vegetativa?
Não parece lógico supor que nenhum
velhinho sairá deliberadamente à rua para contaminar ou para ser contaminado,
porque têm discernimento do que é correto e do que é errado, do que é bom e do
que é ruim, do que é certo e do que é incerto?
Não parece lógico que os velhinhos são,
na grande maioria, avós que querem ver netos que moram longe, conviver com eles
o máximo possível, abraçá-los, contar-lhes histórias e brincar?
Não parece lógico que idosos não podem se
dar ao luxo de esperar demais por que a vida que têm à frente é bem menor do
que a que já deixaram para trás, queiram ou não?
Não parece lógico que homens e mulheres
que enfrentaram a vida dando duro, trabalhando, lutando, suando, pretendem
continuar a vivê-la sem ter que se acovardar e se humilhar, pois não se
acovardaram diante de outros perigos, até mais graves, antes?
Não parece lógico que a experiência
adquirida ao longo de tantos anos permite aos idosos usarem mecanismos de
defesa adequados para sua proteção, sem o bedelho estatal? Velhice não é
sinônimo de idiotice.
Não parece lógico que os idosos pensam e
sabem pensar melhor do que a maioria de vocês, políticos, que só pensam em
eleições e dividendos eleitorais?
Não parece lógico que vocês só fazem jogo
de cena, lutam com o imponderável e não nos dão perspectivas nenhuma, a não ser
o empirismo agourento das bruxas medievais? Vocês são piores que o coronavírus.
Não parece lógico que corremos o risco de
uma onda de suicídios, em futuro próximo, daqueles que vão quebrar, financeira
e psicologicamente, mesmo entre os idosos?
Não parece lógico que o confinamento
obrigatório de quem não comete crime fulmina o livre arbítrio e o direito de ir
e vir do cidadão de qualquer idade?
Não parece lógico que ninguém gosta de
ser tutelado – adolescente, adulto ou idoso – como se fosse mentalmente incapaz
ou retardado?
Não parece lógico perceber que o culpado
é o bandido mas que quem vai preso é o mocinho, mesmo que seja um mocinho
velho?
Não parece lógico que sabemos pensar,
temos discernimento suficiente, e não precisamos de ninguém que pense por nós,
para o bem ou para o mal? É canalha esse pensamento de que velho tem que ser
tutelado só por ser velho. Esse mundo em que vocês vivem foi criado por nós.
Mas nós não criamos o coronavírus.
Não parece lógico que estamos condenados
a viver confinados até o fim de nossas vidas? Qual a perspectiva de extirpação
do coronavírus do mundo? Vocês são estúpidos o suficiente para não saber
responder.
Não parece lógico que se restar um só
contaminado o ciclo todo poderá recomeçar? E nós? Sadios, até onde permitem
nossas condições, sem o vírus, mas isolados da sociedade como se fôssemos os leprosos de até meados do século XX no Brasil.
Não parece lógico que velhinhos como eu,
se a situação se agravar, vão procurar a Justiça e requerer um salvo-conduto
para poder sair de casa, com todos os cuidados necessários? Correndo o risco
que tiver que correr porque a vida, afinal, é uma sequência de riscos e fugir
deles é a covardia de quase não viver.
Morrer? Morrer é a única certeza que
todos temos. Quando nascemos, já começamos a morrer. Vocês também vão morrer;
ou pensam que são eternos? Na verdade os velhinhos temos mais medo de morrer do
que do coronavírus. E foi por aí que vocês nos pegaram. Mas não somos covardes!
A covardia é mais de vocês do que nossa. Vocês é que têm medo do futuro.
Principalmente de seus futuros políticos.
O que nos resta de vida é o que de mais
importante temos hoje. E não podemos nos dar ao luxo de vê-la passar pela
janela. Vocês vão nos devolver o tempo perdido? Não. Vocês estão perdidos no
tempo.
Enfim, senhores mais novos que comandam os nossos destinos: se essas restrições que vocês estão nos impondo é para nos garantir a imortalidade física aqui na Terra, tudo bem! Se não, vão à merda!
Não parece lógico?
UM MAGISTRAL EXEMPLO DE DESONESTIDADE
Foi Gilmar Mendes quem advertiu o
presidente Bolsonaro sobre a possível exoneração de Mandetta. Mantenho o que
disse dia 07, quando ainda ignorava o autor: sua atitude “é o suprassumo da
desonestidade de um magistrado”.
Nunca vi, na minha vida nos tribunais, algum
juiz, desembargador ou ministro agir dessa forma. Particularmente julguei ações
contra prefeitos e políticos, mas eles só tomaram conhecimento de minhas
sentenças depois de publicadas, como determina a Lei. Sem dicas anteriores nem
comentários posteriores.
Se, em qualquer dos casos que julguei,
tivesse advertido antes uma autoridade, teria que me declarar suspeito de
julgar o processo. Além de legal, essa necessidade é Ética, Lógica e Moral.
Gilmar Mendes não tem pejo de advertir e depois julgar a favor da parte
contrária, ou a seu favor.
Isto depõe contra a confiabilidade da
Justiça como um todo. Se um magistrado, ainda mais do Supremo, vem a público e
com desenvoltura critica e adverte qualquer autoridade, está extrapolando do
seu direito de manifestação. Os poderes são três e ao Judiciário não compete se
imiscuir em assuntos políticos que possam derivar em processos ou promiscuir-se
com quem poderá vir a ser processado e julgado pelo magistrado que o critica.
Os artigos de lei transcritos não
referem, especificamente, o assunto. Mas para um bom e honesto intérprete está
mais claro que o sol do meio dia num céu sem nuvens. Desde que não se limite
exclusivamente à estúpida interpretação gramatical da Lei.
quinta-feira, 9 de abril de 2020
CLOROQUINA: O DOENTE É O QUE MENOS IMPORTA
Não sei por que criaram tanto caso quanto ao
uso da tal da cloroquina no combate ao Covid-19. Certamente um Ministro da
Saúde não tem autoridade geral de proibir o uso de qualquer droga aprovada pela
Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, pois suas orientações, ou
resoluções, ou indicações não têm força de lei.
Sendo um remédio antigo, de mais de 50 anos,
qualquer médico consciente e consciencioso, acreditando na eficácia do mesmo,
certamente o receitaria a um paciente sob seus cuidados sem que por isto
pudesse sofrer qualquer punição.
Ainda não chegamos ao ponto de congregar na
mão de uma só pessoa, ainda que Ministro da Saúde, um poder decisório que se
sobreponha ao convencimento e liberdade de um facultativo que, diante do caso
concreto, acredita na eficácia do medicamento e detém sobre ele conhecimento
científico – que o Ministro Mandetta demonstrou não ter.
Enfim, tudo se resumiu a discussões de cunho
ideológico e político onde quem pode mais chora menos na busca de dividendos
eleitorais. O doente é o que menos importa. Mandetta capitulou e Dória – o mais
mentiroso político brasileiro de todos os tempos – parece que quis atrair as
graças de tê-lo convencido, mas foi desmentido.
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