quarta-feira, 22 de abril de 2020

LENIN: “Quantas tolices cometemos”


SE VIVO FOSSE, LENIN ESTARIA COMPLETANDO HOJE 150 ANOS


Já que o PCdoB lhe prestou homenagem, faço o mesmo, transcrevendo trecho do livro “Memórias de um Revolucionário”, de Victor Serge, sobre o "mea culpa" do homenageado:



“... A paralisia geral ataca Lenin, faz com que perca, a intervalos, toda a capacidade de trabalho, faz com que esqueça o alfabeto. Ele luta contra a angústia de morrer cedo demais: seu rosto se torna contrafeito. Suas últimas obras, artigos e discursos, trazem a marca de uma tristeza mortal e do pressentimento de novos perigos. São frequentes expressões como estas: ‘Cometemos tolices! A falta de ideias claras, a incapacidade, a ilegalidade, o arrivismo subvertem-nos. Do mesmo modo que a mente e a presunção. Demolimos como bárbaros. Tivemos de aprender tudo. Acreditamos dirigir o Estado, mas somos – devido à nossa incapacidade – guiados por forças inimigas’. Está sempre latente a ideia de que foi uma grande infelicidade o fato de a revolução socialista ter começado nesse país atrasado, a Rússia. ‘Tínhamos um Estado emprestado do czarismo, apenas pintado de sovietismo’” (Victor Serge, “Memórias de um Revolucionário”, 1956) – transcrito em Pró e Contra, Lenin, o Julgamento da História, Edições Melhoramentos, 1975, pág. 151.

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