sexta-feira, 3 de abril de 2020

A ESQUERDA SEMPRE FOI MESQUINHA E CHATA


O pai de Lenin, Ilia Nikolayevich Ulianóv, foi um inspetor escolar e recebeu o título de nobre hereditário por sua vida dedicada ao Estado e à Educação. Amealhou certa fortuna e pôde dar aos filhos o que muitos pais não tinham condições de oferecer na época.
Ele morreu em 1886. Quando o irmão mais velho de Lenin, Alexander, foi executado em 1887 por atentar contra a vida do czar, a viúva Maria Alexandrovna Ulianova (em solteira, Blank), mudou-se para a cidade de Samara. Lá o jovem Lenin recebia amigos e colegas para reuniões políticas.
Os amigos de Vladimir Ilitch [Lenin] não se sentiam muito bem na confortável e burguesíssima casa de Maria Alexandrovna. Um de seus amigos conta que: "Cada um de nós tinha uma reação diferente diante da toalha muito branca da casa dos Ulianovs. Eu ficava horrorizado, Skliarenko odiava-a; Jasneva, com toda a naturalidade, procurava sempre uma oportunidade para sujá-la de geleia" (A. Beliakov, Juventude de um Chefe, Memórias dum Contemporâneo, Moscou, 1960)” – transcrito em Pró e Contra, Lenin, o Julgamento da História, Edições Melhoramentos, 1975, pág. 14).
Que tipo de discernimento leva alguém a sentir-se “horrorizado”, “odiar” e até, de propósito, sujar de geleia uma toalha branca de mesa de uma nobre e refinada senhora, mãe de um amigo, só por considerá-la (a toalha)  um objeto burguês? 

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