Não sei por que criaram tanto caso quanto ao
uso da tal da cloroquina no combate ao Covid-19. Certamente um Ministro da
Saúde não tem autoridade geral de proibir o uso de qualquer droga aprovada pela
Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, pois suas orientações, ou
resoluções, ou indicações não têm força de lei.
Sendo um remédio antigo, de mais de 50 anos,
qualquer médico consciente e consciencioso, acreditando na eficácia do mesmo,
certamente o receitaria a um paciente sob seus cuidados sem que por isto
pudesse sofrer qualquer punição.
Ainda não chegamos ao ponto de congregar na
mão de uma só pessoa, ainda que Ministro da Saúde, um poder decisório que se
sobreponha ao convencimento e liberdade de um facultativo que, diante do caso
concreto, acredita na eficácia do medicamento e detém sobre ele conhecimento
científico – que o Ministro Mandetta demonstrou não ter.
Enfim, tudo se resumiu a discussões de cunho
ideológico e político onde quem pode mais chora menos na busca de dividendos
eleitorais. O doente é o que menos importa. Mandetta capitulou e Dória – o mais
mentiroso político brasileiro de todos os tempos – parece que quis atrair as
graças de tê-lo convencido, mas foi desmentido.
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