Rosa Luxemburgo é talvez a
mulher mais destacada no Comunismo Internacional. Nascida na Polônia, adquiriu
a cidadania alemã e na Alemanha viveu grande parte de sua vida revolucionária.
Foi várias vezes presa e finalmente morta em Berlim, em 15/01/1919. Recebeu a
alcunha de "Rosa sangrenta" em razão de sua atividade agitadora.
Filósofa e professora, defendeu a Teoria Marxista e apoiou inicialmente Lenin,
o que não impediu que o criticasse quando ele assumiu o poder e instituiu suas
teorias pessoais com mão de ferro:
“Ditadura de um
"Conventículo" ou do proletariado? Eis o que escrevia Rosa Luxemburgo após um ano de ditadura de Lenin:
"Sem eleições gerais, sem liberdade de imprensa e de reunião, sem livre
luta de opiniões, extingue-se a vida de qualquer instituição pública, chega-se
a uma vida aparente, na qual apenas a burocracia permanece um elemento ativo. A
vida pública adormece lentamente; algumas dezenas de chefes de partido, de
inesgotável energia e ilimitado idealismo, dirigem e governam; na realidade,
entre eles, apenas uma dezena de excelentes cabeças governam. Uma elite da
classe trabalhadora é, de vez em quando, convocada às reuniões para aplaudir os
discursos do Chefe e aprovar unanimemente resoluções já tomadas. Trata-se, na
prática, do governo de um 'conventículo', uma ditadura, sim, mas não a do
proletariado, e sim, de um punhado de políticos, isto é, a ditadura no sentido
burguês, jacobina" (revista Der Spiegel, nº 16, 1970)” – transcrito em
Pró e Contra, Lenin, o Julgamento da
História, Edições Melhoramentos, 1975, pág. 117).
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