terça-feira, 14 de abril de 2020

ROSA LUXEMBURGO E LENIN

Rosa Luxemburgo é talvez a mulher mais destacada no Comunismo Internacional. Nascida na Polônia, adquiriu a cidadania alemã e na Alemanha viveu grande parte de sua vida revolucionária. Foi várias vezes presa e finalmente morta em Berlim, em 15/01/1919. Recebeu a alcunha de "Rosa sangrenta" em razão de sua atividade agitadora. Filósofa e professora, defendeu a Teoria Marxista e apoiou inicialmente Lenin, o que não impediu que o criticasse quando ele assumiu o poder e instituiu suas teorias pessoais com mão de ferro:
Ditadura de um "Conventículo" ou do proletariado? Eis o que escrevia Rosa Luxemburgo após um ano de ditadura de Lenin: "Sem eleições gerais, sem liberdade de imprensa e de reunião, sem livre luta de opiniões, extingue-se a vida de qualquer instituição pública, chega-se a uma vida aparente, na qual apenas a burocracia permanece um elemento ativo. A vida pública adormece lentamente; algumas dezenas de chefes de partido, de inesgotável energia e ilimitado idealismo, dirigem e governam; na realidade, entre eles, apenas uma dezena de excelentes cabeças governam. Uma elite da classe trabalhadora é, de vez em quando, convocada às reuniões para aplaudir os discursos do Chefe e aprovar unanimemente resoluções já tomadas. Trata-se, na prática, do governo de um 'conventículo', uma ditadura, sim, mas não a do proletariado, e sim, de um punhado de políticos, isto é, a ditadura no sentido burguês, jacobina" (revista Der Spiegel, nº 16, 1970)” – transcrito em Pró e Contra, Lenin, o Julgamento da História, Edições Melhoramentos, 1975, pág. 117).

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