Eu, que passei mais de 30
anos debruçado sobre processos, analisando fatos, atos e pessoas, suas
personalidades, caráter, honestidade e sinceridade, na maioria das vezes para
absolver ou condenar, fico perplexo diante da conduta de certas figuras de nossa
política.
Os réus que interroguei e
condenei sempre mantinham alguma dignidade. Mentiam, claro, mas apenas o
estritamente necessário para tentar livrar a cara, certamente instruídos por
advogados que os esclareciam que omitir a verdade, no Brasil, é um meio de
defesa legal.
Os réus dos processos que
julguei sabiam quando mentiam e sabiam que eu sabia. Tinham consciência de que
haviam praticado crimes e muitas vezes nos seus semblantes podia se vislumbrar
um certo resquício de arrependimento.
Mas figuras como Rodrigo
Maia, Algolúgubre, Frota, Dória, Witzell, alguns ministros do STF e outros
políticos sabem que mentem para os brasileiros, sabem que são falsos e mal
intencionados. Têm que saber! Cada um sabe o que é! A consciência é algo que
não se extingue, apenas pode ser mascarada.
Será que mesmo assim eles
acreditam que são honestos? E que acreditamos neles?
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