sábado, 25 de abril de 2020

NÃO VOTEI NO BOLSONARO PELA BIOGRAFIA DELE

nem pela estampa que ostentava nos corredores da Câmara. Quem sai trocando impropérios com uma Maria do Rosário, rebaixando-se ao nível dela, não pode representar algo muito melhor. Desconhecia sua visão política, que não era lá muito pública, embora fosse clara sua posição à direita. Sua atuação como deputado não foi das mais produtivas.
Votei nele porque queria que o PT sumisse do mapa e deixasse de nos azucrinar com mentiras e corrupção. A rejeição ao PT foi decisiva para sua eleição, mais do que seus méritos pessoais. Ele foi importante para esse objetivo por sua honestidade.
Ele não era a minha opção para o primeiro turno, mas votei nele já nessa ocasião. E decidi isto quando, no Espírito Santo, visitando familiares, vi na Globo News uma entrevista de seu candidato a vice, general Mourão, à Miriam Leitão.
Essa entrevista me impressionou. Mourão foi objetivo e claro e demonstrou um conhecimento superior sobre os problemas do Brasil e do Mundo – sim, do Mundo! Driblou a malícia da entrevistadora e não deixou pergunta sem resposta adequada, desarmando armadilhas que ela colocou no caminho. Foi esse fato que me fez tomar a decisão. Uma perspectiva inconsciente de que ele algum dia assuma? Sei lá. Talvez.
Não tenho prevenção contra militares. Não é por ostentarem essa qualificação que são, automaticamente, antidemocráticos, embora a esquerdalha pense assim.
Nem todos são da Direita. Um amigo meu, de Porto Alegre, coronel reformado da Brigada Militar, me confidenciou, antes ainda da eleição, que 65% "da tropa" era a favor do Lula e do "statu quo". Ele era do ramo e sabia o que estava falando. Votou no Bolsonaro. 
Agora, só resta torcer para que este país dê certo, porque a confusão vai ser grande.

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